por Carlos Alberto Barbosa
Fábio Dantas (Solidariedade) para governador e Rogério Marinho (PL) para o Senado, juntos formam uma chapa majoritária sem identidade e do retrocesso.
Dantas vai realizar o seu “sonho de consumo”, ser candidato a governador. Se ofereceu de público a Rogério Marinho que estava rifando nomes para fazer lastro ao seu palanque. Marinho, como não encontrou ninguém que se sujeitasse aos seus caprichos, aceitou Fábio Dantas no seu projeto político. É aquela velha história: não tem tu vai tu mesmo!
Na bagagem de Fábio Dantas tem que foi deputado estadual – se tem algum projeto de interesse do RN, desconheço – e vice-governador de Robinson Faria (PL), pai do ministro das Comunicações, Fábio Faria. Teve uma passagem pífia pela vice-Governadoria. O governo de Robinson Faria, do qual Fábio Dantas foi seu auxiliar, ficou conhecido como o Governo que atrasou salários dos servidores públicos e que deixou obras inacabadas. Dantas lançou o seu nome como pré-candidato a governador pelo Solidariedade, que no início nem do partido tinha apoio. O ex-prefeito de Olho D’água dos Borges, Brenno Queiroga, era o nome do Solidariedade para o governo. Brenno Queiroga foi solidário – sem trocadilho – A Fábio Dantas e abriu mão da pré-candidatura para “facilitar” o projeto político de Rogério Marinho de “chegar” ao Senado.
Rogério Marinho, todos conhecem a sua ambição na política, desde os tempos em que era presidente da Urbana na primeira gestão de Wilma de Faria (in memorian) na prefeitura do Natal, passando pela presidência da Câmara Municipal e mais recentemente como ministro do Desenvolvimento Regional. Seu currículo fala por si só. Foi relator da reforma trabalhista que retirou direitos dos trabalhadores e também responsável pelo texto-base da reforma da Previdência em 2018. A proposta acabou sendo aprovada em 2019, no governo Bolsonaro, com Rogério Marinho no cargo de secretário especial da Previdência. É bom sempre lembrar isso.
Como se observa, a única identidade que se verifica na chapa Fábio Dantas para governador e Rogério Marinho para o Senado é o fato de que cada um defende os seus interesses, até porque falta um projeto político-administrativo para o Rio Grande do Norte. O projeto de ambos é pessoal. Do contrário, Rogério Marinho sairia ele mesmo candidato a governador, não necessitando rifar nomes para servir de “boi de piranha” ao seu projeto político de tentar ser senador.
Foto reproduzida do portal da Tribuna do Norte