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Folha manda primeiro aviso de guerra a Bolsonaro

Está no site Brasil 247

Classificado por Jair Bolsonaro como “o maior fake news do Brasil”, o jornal Folha de S.Paulo da família Frias mandou seu primeiro aviso de guerra ao presidente eleito com a manchete desta sexta-feira: “Relatório do Coaf envolve ex-assessor de Flávio Bolsonaro”. Os Frias implementaram durante a campanha eleitoral uma política editorial de simpatia a Bolsonaro e de continuidade de sua hostilidade histórica ao PT.

A boa relação com o candidato de extrema-direita foi interrompida apenas pelas reportagens [1] da jornalista Patrícia Campos Mello revelando a fraude eleitoral com o financiamento ilegal de uma milionária campanha de Whastapp patrocinada por empresas. O antipetismo visceral do jornal e o acolhimento da “alternativa Bolsonaro” chegou a ponto de os Frias proibirem seus jornalistas de grafarem que Bolsonaro é de extrema-direita. Mas o caldo entornou com as reportagens de Mello, o que abriu uma crise na relação entre Bolsonaro e o jornal, a ponto do então candidato fazer um ataque público agressivo ao jornal no último comício de sua campanha (aqui [2]), reafirmado em uma entrevista ao Jornal Nacional logo depois de sua vitória (aqui [3]).

Agora vem o troco dos Frias que avisam: pode haver guerra. A reportagem desta sexta (aqui [4]) é um resumo daquela publicada na véspera pelo jornalista Fausto Macedo em O Estado de S.Paulo e ampliada numa sequência de reportagens e artigos no 247 (aqui [5]).

O texto da Folha de S.Paulo reproduz a reportagem do Estado de S.Paulo:

“Um relatório produzido pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) em desdobramento da Operação Lava Jato no Rio indica movimentação financeira atípica de um ex-assessor do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL), que é filho de Jair Bolsonaro e senador eleito.

A informação foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta quinta-feira (6).

O ex-assessor parlamentar e policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, de acordo com o relatório do órgão.

A reportagem do jornal afirma que uma das transações de Queiroz citadas no relatório do Coaf é um cheque de R$ 24 mil destinado à futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro”.

Ao final, a reportagem registra a posição de Flávio Bolsonaro e a falta de resposta do PM Queiroz:

“Procurado, Flávio Bolsonaro, por meio de seus assessores, defendeu o ex-auxiliar. ‘Fabricio de Queiroz trabalha há mais de dez anos como segurança e motorista do deputado Flávio Bolsonaro, com quem construiu uma relação de amizade e confiança. O deputado não possui informação de qualquer fato que desabone sua conduta. No dia 16 de outubro de 2018, a pedido, ele foi exonerado do gabinete para tratar de sua passagem para a inatividade.’

Procurado nas redes sociais, Fabricio ainda não retornou contato. O chefe de gabinete de Flavio Bolsonaro disse à reportagem que não tem o número de telefone do ex-assessor desde sua exoneração, em outubro.”

Imagens reproduzidas do Brasil 247

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