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A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), criticou duramente a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano. Em publicação nas redes sociais nesta quinta-feira (6), ela afirmou que a decisão é “prejudicial aos investimentos produtivos, ao acesso ao crédito, à geração de empregos e ao equilíbrio das contas públicas”.
A declaração foi feita após o Copom do Banco Central (BC) anunciar, na noite de quarta-feira (5), a manutenção da Selic pelo terceiro encontro consecutivo. Segundo Gleisi, “nenhuma economia do mundo pode conviver com juros reais de 10%” e “nada justifica uma decisão tão descasada da realidade, dos indicadores econômicos e das necessidades do país”.
A Selic permanece, portanto, no maior patamar desde julho de 2006, quando a taxa estava em 15,25% ao ano. O Copom elevou os juros sete vezes seguidas desde setembro do ano passado e, nas reuniões de julho e setembro, optou por mantê-los inalterados. Com o novo congelamento, o Brasil registra uma taxa real de juros de 9,74%, a segunda maior do planeta.
Em comunicado divulgado após a reunião, o Banco Central justificou a decisão afirmando que a estratégia de manutenção prolongada é a mais adequada para assegurar a convergência da inflação à meta de 3%. “O Comitê avalia que a estratégia de manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”, informou o texto oficial.
Foto reproduzida da Internet