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Governo Trump assina acordo de cooperação com Paraguai que prevê a presença de militares americanos no país

Está no g1

A Secretaria de Estado dos EUA anunciou a assinatura de um acordo de cooperação do país com o Paraguai que prevê a presença de militares americanos, bem como funcionários civis do Departamento de Guerra no país da América do Sul.

“O Secretário de Estado Marco Rubio reuniu-se hoje com o Ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, para assinar um Acordo de Estatuto de Forças entre os Estados Unidos e o Paraguai”, diz uma nota divulgada pelo governo dos EUA.

O Acordo de Estatuto de Forças estabelece as bases legais para as operações de militares estrangeiros em um determinado país.

“O acordo histórico estabelece uma estrutura clara para a presença e as atividades de militares e civis do Departamento de Guerra dos EUA no Paraguai, facilitando o treinamento bilateral e multinacional, a assistência humanitária, a resposta a desastres e outros interesses de segurança compartilhados.”

“O acordo fortalece uma parceria de longa data e apoia nossas prioridades compartilhadas. Ambos os representantes expressaram confiança de que o acordo fortalecerá a soberania de ambos os países e aprimorará nossa cooperação para maior estabilidade e prosperidade na região”, afirma o comunicado.

O movimento condiz com a nova estratégia de política externa dos EUA [1], publicada no início do mês.

No documento, o governo de Donald Trump evidencia um maior foco militar na América Latina como parte de um “reajuste da presença militar global para enfrentar ameaças urgentes em nosso Hemisfério”.

A estratégia recupera elementos da Doutrina Monroe [2], que define a América Latina como uma área de influência e de interesse estratégico dos EUA. Mais de uma vez, integrantes do governo Trump se referiram ao continente como “nosso quintal”.

Chamado de Estratégia de Segurança Nacional, o documento norteia as políticas externas que serão tomadas por um governo para buscar a supremacia de seus interesses sobre os dos demais países. Publicada periodicamente por diversos países do mundo, esta é a primeira do segundo mandato de Donald Trump.

Segundo a estratégia, o governo Trump acredita que a influência de alguns países sobre a América Latina “será difícil de reverter”, porém os EUA vão apostar no aspecto que, muitas vezes, essa relação se dá mais pelo fator comercial que pelo alinhamento ideológico.

O documento delineia três elementos principais no realinhamento militar na região:

A nova estratégia de segurança nacional do segundo governo Trump busca uma correção de conduta em relação às gestões anteriores que, segundo o documento, procuraram a dominação global, sobrecarregaram o país e permitiram que aliados terceirizassem seus custos de defesa para os EUA.

Foto reproduzida da Internet

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