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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (27) que o regime político no Brasil “mudou” e sugeriu que ainda são necessárias mais negociações com o Congresso Nacional para a aprovação de pautas defendidas pelo governo Lula.
O titular da pasta fez o comentário após a Câmara e o Senado derrubarem esta semana decretos do presidente Lula (PT) que aumentavam o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
“Mudou o regime político no Brasil. Quem não quiser enxergar… Estou completando nove anos de ministério [contando o período de ministro da Educação]. (…) Mudou o sistema político. Não é o mesmo do Fernando Henrique e do Lula [1 e 2]”, afirmou em entrevista à Globo News.
Ao ser perguntado sobre que regime seria o atual, Haddad citou ironia do ministro do STF Flávio Dino, ao dizer que existem “quatro sistemas políticos no mundo: o presidencialismo, o parlamentarismo, o semipresidencialismo e o brasileiro”.
O ministro negou que o Congresso tenha antecipado a eleição de 2026 ao derrubar o decreto do IOF. “Não quero crer”, disse ele ao citar o dólar em queda e a geração de emprego. “A quem interessa estragar esse cenário? Só por questões eleitorais?”, questionou.
Na Câmara, o placar foi 383 a 98 pela derrubada dos decretos que aumentavam o IOF. O último decreto do governo sobre o tema (Decreto 12.499/25) havia suavizado os outros dois editados anteriormente (decretos 12.466/25 e 12.467/25), mas não eliminou o aumento.
Além de Fernando Haddad, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann [1] (PT), também alertou para os prejuízos que podem ser causados pela decisão do Congresso. Líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara, Lindbergh Farias [2] (RJ) denunciou que existe uma sabotagem contra o governo Lula.
Foto reproduzida da Internet