É fato notório que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro na Presidência da República, tenente-coronel Mauro Cid, foi sempre o “bobo da corte”. Na última sexta-feira (22), repercutiu na imprensa tupiniquim uma gravação de áudio do “bobo da corte” em que colocava em xeque a atuação da Polícia Federal e do ministro Alexandre de Moares nas investigações e inquéritos que envolvem vários crimes cometidos pelo Governo Bolsonaro, incluindo o seu nome [ Mauro Cid], o que o levou a ser preso novamente por descumprimento de medidas e obstrução de justiça. Também é fato notório que Mauro Cid fez “jogo duplo” para ajudar Bolsonaro, tentando comparar a atuação da PF e do ministro Alexandre de Moraes à Lava Jato do ex-juiz suspeito, hoje senador da República, Sergio Moro.
A pergunta que não quer calar é sobre quem induziu Mauro Cid a gravar vídeos tentando comparar as investigações da Polícia Federal à Lava Jato, até porque existiu um interlocutor. Certamente a Polícia Federal já sabe, mas é preciso a opinião pública ter também conhecimento. Quando se faz uma delação premiada você precisa ter certeza de está dizendo a verdade, e Mauro Cid, na tentativa de ajudar o ex-patrão, foi as redes sociais tentar melar os seus depoimentos à Polícia Federal. É preciso entender que as provas que foram tiradas na delação estão valendo, independente de Mauro Cid perder os benefícios por
descumprimento de medidas e obstrução de justiça.
Bom que se diga que os crimes delatados por Cid foram comprovados. O discurso que ele faz pra plateia não muda em nada o que foi a tentativa de golpe. Que ele assuma as consequências de mais uma vez agir contra a lei, tentando obstruir a Justiça e descumprindo medidas cautelares. Aliás,
basta liberar todas as gravações do Cid na PF. Fácil. Aí veremos o que ele falou “forçado”.
Foto reproduzida da Internet
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