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Justiça divulga mandado que motivou operação do FBI na casa de Trump; ex-presidente tinha documentos ultrassecretos

Está no g1

Um juiz dos Estados Unidos [1] tornou público nesta sexta-feira (12) o mandado de busca e apreensão que justificou a operação do FBI [2] na casa de Donald Trump [3] em Mar-a-Lago, na Flórida, nesta semana.

O FBI apreendeu 11 conjuntos de documentos classificados —entre esses papéis, havia alguns que tinham marcas que deixavam claro que quatro eram ultrassecretos e três eram secretos (esses são dois dos níveis mais altos de sigilo da classificação americana).

Motivos para acreditar

Foi o Departamento de Justiça (órgão equivalente ao Ministério da Justiça) que pediu um mandado ao juiz Bruce Reinhart. Ao fazer o pedido, o departamento argumentou que tinha motivos ​​para acreditar que Trump violou a Lei de Espionagem, uma lei federal que proíbe a posse ou transmissão de informações de defesa nacional.

Agentes do FBI levaram mais de 30 itens, incluindo mais de 20 caixas, pastas de fotos, uma nota manuscrita e a concessão executiva de clemência para Roger Stone, um aliado de Trump amigo de longa data. Também foram incluídas na lista informações sobre o “presidente da França”.

“Top secret” é o nível mais alto de classificação, reservado para as informações de segurança nacional mais fechadas do país. Geralmente é mantido em instalações especiais do governo porque sua divulgação pode causar sérios danos à segurança nacional.

Há leis federais proíbem o manuseio incorreto de material classificado (a Lei de Espionagem é uma delas). O próprio Trump aumentou as penas para isso enquanto estava no cargo, tornando-o um crime punível com até cinco anos de prisão.

Evidências

O mandado de busca na casa de Trump na Flórida no início desta semana deu a agentes federais norte-americanos autoridade para apreender documentos e registros que constituíssem evidências de itens possuídos ilegalmente, informou a rede Fox News.

O mandado deu aos agentes autoridade para apreender “todos os documentos físicos e registros que constituam provas, contrabando, frutos do crime ou outros itens ilegalmente possuídos” em violação ao Código dos EUA, incluindo documentos com marcações de classificação e registros presidenciais criados entre 20 de janeiro de 2017 e 20 de janeiro de 2021, informou a Fox News, citando documentos revisados.

Em separado, advogados de Trump informaram ao governo que o ex-presidente não se opôs à liberação pública do mandado de busca, disse o Departamento de Justiça dos EUA em um processo judicial nesta sexta-feira.

Armas nucleares

De acordo com uma reportagem do Washington Post o FBI procurava documentos ligados a armas nucleares quando fez a operação.

Trump respondeu que o presidente anterior a ele, Barack Obama [4], tinha documentos classificados e também ligados a armas nucleares.

Foto reproduzida da Internet

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