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Lindbergh cobra retirada de Derrite e adiamento do PL Antifacção

Está no Brasil 247

O líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara, Lindbergh Farias, afirmou nesta segunda-feira (17) que o atual relator do PL 5582/2025, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), “perdeu as condições” de seguir na função, em razão de erros conceituais, “vícios constitucionais” e impacto financeiro severo associado ao texto. Lindbergh pediu o adiamento da votação e a substituição imediata da relatoria por um nome de consenso que retome o texto original enviado pelo governo.

“Diante de um relatório que acumula erros conceituais, vícios constitucionais, insegurança jurídica, impacto financeiro severo, não há conciliação possível. A única solução responsável é adiar a votação e trocar imediatamente o relator, com um nome de consenso, retomando o texto técnico do governo. O país não pode enfrentar organizações criminosas com improviso legislativo”, afirmou Lindbergh.

Críticas ao impacto financeiro e à lógica institucional

Segundo o deputado, a quarta versão do substitutivo apresentado por Derrite “aprofundou todos os problemas já identificados” e até mesmo “virou uma colcha de retalhos”. Ele destacou pontos centrais da crítica:

“É um texto que se iniciou com blindagem e inversão inconstitucional do pacto federativo, e que continua confuso, perigoso e ainda enfraquece o combate ao crime organizado com o enfraquecimento das instituições federais”, declarou o líder petista.

Votação mantida, mas tensão cresce

Apesar das críticas, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), confirmou que a votação do PL Antifacção está mantida para esta terça-feira (18). Motta reforçou que o projeto representa “a resposta mais dura da história do Parlamento no enfrentamento ao crime organizado” e que será votado com “responsabilidade e urgência”.

Conforme já noticiado [1], o substitutivo de Derrite calcula uma retirada de aproximadamente R$ 27 milhões da Polícia Federal e cerca de R$ 300 milhões dos fundos de segurança pública e de combate às drogas. Mesmo com ajustes de última hora, parlamentares se preparam para apresentar destaques e buscar acordo com o Senado ainda neste ano legislativo.

Foto reproduzida da Internet

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