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Lula critica previsões de `pessimistas´ para economia e cobra empenho de ministros na relação com o Congresso

Está no g1

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva [1] (PT [2]) criticou nesta segunda-feira (22) previsões de “pessimistas” sobre a economia brasileira. O petista também cobrou empenho de ministros na relação com o Legislativo, para aprovação de medidas de interesse do governo.

Lula [3] deu as declarações durante evento no Palácio do Planalto de lançamento de um programa de renegociação de dívidas de microempreendedores individuais (MEIs), micro e pequenas empresas – o “Desenrola” dos pequenos negócios [4].

“Eu quero alertar os pessimistas: esse país vai crescer mais neste ano, mais do que vocês falaram até agora. Os empregos vão ser gerados mais do que vocês imaginaram até agora, a massa salarial vai crescer mais do que vocês falaram até agora”, afirmou o presidente.

Em meio a uma crise da articulação política do governo com o Congresso, Lula cobrou empenho dos ministros na negociação com deputados e senadores, para a aprovação das propostas prioritárias.

“O Alckmin tem que ser mais ágil, tem que conversar mais. O Haddad tem que, em vez de ler um livro, perder algumas horas conversando no Senado [5] e na Câmara. O Wellington, o Rui Costa [6], passar maior parte do tempo conversando com bancada A, com bancada B”, disse Lula.

“É difícil, mas a gente não pode reclamar, a política é exatamente assim. Ou você faz assim ou não entra na política”, completou o petista.

No pronunciamento, Lula citou os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Geraldo Alckmin [7]), da Fazenda (Haddad), do Desenvolvimento e Assistência Social (Wellington Dias [8]) e da Casa Civil [9] (Rui Costa).

O presidente, no entanto, não mencionou Alexandre Padilha [10], das Relações Institucionais. Cabe ao ministro a interlocução do Executivo com o Legislativo.

Nas últimas semanas, o presidente da Câmara, Arthur Lira [11] (PP [12]-AL), deixou evidente a insatisfação com Padilha. O parlamentar alagoano afirmou que o ministro é um “desafeto pessoal” e o chamou de “incompetente” [13].

Em resposta, o ministro disse que não desceria “a esse nível” [14]. Já o presidente Lula afirmou que, “só por teimosia”, manteria Padilha no cargo [15].

Na última sexta-feira (19), o presidente convocou uma reunião de emergência com líderes [16] do governo no Congresso a fim de encontrar maneiras para melhorar a relação entre os Poderes.

Após a reunião, Padilha negou a existência de uma crise com o parlamento e disse que as dificuldades estavam superadas [17].

O PT, partido de Lula, tem atualmente 68 dos 513 deputados e depende da aliança com os partidos do Centrão para aprovar projetos de interesse na Câmara. A situação é similar no Senado, onde o PT tem no momento oito dos 81 parlamentares.

Pautas-bomba

Depois de tornar público o atrito com Padilha, Lira disse a aliados que colocaria em votação projetos da pauta de costumes e abriria comissões parlamentares de inquérito, o que poderia desgastar a imagem do governo.

No Senado, o governo também tem encontrado dificuldades na articulação. Nesta semana, avançou na Casa uma proposta que turbina o salário de juízes e promotores [18] – de impacto bilionário nas contas públicas.

O texto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na última quarta-feira (17) e o governo, agora, atua para evitar a votação no plenário principal da Casa [19].

Segundo o colunista do g1, Lula decidiu entrar em campo para tentar evitar derrotas no Congresso [20].

Foto: Reprodução/YouTube


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