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`Meu filhinho deve ter sofrido muito´, diz pai do menino Henry

Está no G1

“Esta infeliz matou meu filho. Meu filhinho deve ter sofrido muito”.

Essas foram as palavras do engenheiro Leniel Borel de Almeida, logo após a prisão da ex-mulher, Monique Medeiros, e do namorado dela, o vereador Dr. Jairinho [1] (afastado do Solidariedade).

Em entrevista ao repórter Carlos De Lannoy, Leniel chegou a dizer que estava passando mal.

Durante a madrugada, antes mesmo de saber da prisão da ex-mulher e do marido dela, Leniel postou uma homenagem ao filho, no dia em que a morte dele completa 1 mês. O pai de Henry pediu “desculpas” por não ter conseguido protegê-lo.

“30 dias desde que te dei o último abraço. Nunca vou esquecer de cada minuto do nosso último final de semana juntos. Deixar você bem, cheio de vida, com todos os sonhos e vontades de uma criança inocente. Desculpa o papai por não ter feito mais, lutado mais e protegido você muito mais. Confiamos que Deus fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo como o meio-dia”, disse o pai em uma rede social.

Resumo do caso Henry Borel:

Polícia fala em chutes e golpes na cabeça

Segundo a polícia, o vereador Dr. Jairinho teria praticado pelo menos uma sessão de tortura contra o menino semanas antes da morte da criança [2]. Ainda segundo as investigações, a mãe sabia de agressões, que incluíam chutes e golpes na cabeça. Jairinho teria se trancado no quarto para bater no menino.

Em 12 de fevereiro, Monique descobriu que Jairinho estava no apartamento, trancado no quarto, com o Henry. A polícia descobriu que ela estranhou que ele tivesse chegado cedo em casa.

O casal foi preso na manhã desta quinta-feira (8) [1] por ter atrapalhado as investigações da morte da criança. Segundo a polícia, eles chegaram a fazer ameaças a testemunhas para combinar versões.

Quando foi preso, o casal estava na casa de parentes de Monique em Bangu, na Zona Oeste do Rio.

Embora o inquérito ainda não tenha sido concluído, a polícia acredita que Henry foi assassinado. Falta esclarecer como o crime foi cometido

Provas descartam hipótese de acidente

A polícia ouviu pelo menos 18 testemunhas e reuniu provas técnicas que descartam a hipótese de acidente — levantada pela própria mãe da criança em seu termo de declaração na delegacia.

Os policiais descobriram ainda que, após o início das investigações, o casal apagou conversas de seus telefones celulares. Suspeitam, inclusive, que eles tenham trocado de aparelho.

A perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) usou um software israelense, o Cellebrite Premium, comprado pela Polícia Civil no último dia 31 de março, para recuperar o conteúdo.

Múltiplos hematomas

A primeira prova importante que chegou às mãos dos investigadores foi um laudo assinado pelo médico legista Leonardo Huber Tauil, feito após duas autópsias realizadas no cadáver da criança, nos dias 8 e 9 de março.

No documento, o perito do Instituto Médico Legal (IML) descreve que a criança sofreu “múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores”, “infiltração hemorrágica” na parte frontal, lateral e posterior da cabeça, apontou “grande quantidade de sangue no abdômen”, “contusão no rim” e “trauma com contusão pulmonar”.

A causa da morte foi por “hemorragia interna e laceração hepática [danos no fígado] causada por uma ação contundente [violenta]”.

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