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Mídia descobre ‘Tacla Duran’, que diz ter sofrido extorsão da Lava Jato

Está no site Brasil 247

Tacla Duran foi “descoberto” pela mídia conservadora. Ignorado por quase dois anos e investigado, o ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Taclan Durán, que acusa advogados amigos de Sergio Moro de pedirem dinheiro em troca de benefícios (leia no Brasil 247 [1] reportagem de agosto de 2017), como a redução da pena, chegou finalmente à imprensa corporativa. Citado nas mensagens trocadas entre Moro e integrantes da Lava Jato, divulgadas pelo site The Intercept Brasil, Tacla Durán disse em entrevista ao correspondente Jamil Chade, no UOL [2] que na época “pagou para não ser preso”. 

Nas mensagens, Moro pergunta se não havia “muito tempo sem operação”, e o procurador Deltan Dallagnol diz: É sim. O problema é que as operações estão com as mesmas pessoas que estão com a denúncia do Lula. Decidimos postergar tudo até sair essa denúncia, menos a op do taccla [Tacla Durán] pelo risco de evasão, mas ela depende de articulação com os americanos (Que está sendo feita)”. 

Diante da citação, o ex-advogado da empreiteira confirmou que foi vítima de um suposto pedido de extorsão de US$ 5 milhões quando seu nome surgiu nas investigações. Segundo ele, uma parcela de US$ 612 mil foi paga  ao advogado Marlus Arns, que já tinha trabalhado com a mulher de Moro, sendo outro sócio o advogado Carlos Zucolotto Junior, que também foi sócio da mulher de Moro. Durán diz que se recusou a pagar o restante do acerto e, por isso, quando chegou à Espanha, em novembro de 2016, ficou preso por 70 dias. Para força-tarefa da Lava Jato, Durán é considerado fugitivo da Justiça, mas a Interpol retirou o alerta contra ele e atualmente o advogado vive em liberdade na Espanha. 

As acusações de Durán também estão relatadas em um documento enviado ao Ministério Público da Suíça pelos advogados de Tacla Duran. Segundo a defesa, ele foi vítima de extorsão para que não fosse preso ou envolvido nas delações premiadas de outros envolvidos. 

“Tacla foi extorquido e ameaçado […] e temor por sua vida o levou a pagar uma parte da extorsão. O advogado Marlus Arns, que recebeu o pagamento – dinheiro que é apontado como uma das justificativas para o bloqueio das autoridades suíças – já tinha trabalhado com a mulher do [ex] juiz Sergio Moro, sendo outro sócio o advogado Carlos Zucolotto Junior, que também foi sócio da mulher de Moro, e que hoje trabalha como lobista profissional”, afirmam os advogados de Durán, segundo reportagem do UOL

Imagem reproduzida da Internet

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