Está no g1
O ministro Alexandre de Moraes [1], do Supremo Tribunal Federal, determinou à Secretaria Judiciária da Corte que dê início ao processo de extradição do deputado federal Alexandre Ramagem [2] (PL [3]-RJ), que fugiu em setembro para os Estados Unidos [4].
O aliado de Jair Bolsonaro [5] deixou o Brasil no mês em que a Primeira Turma do STF [6] condenou o deputado a 16 anos, 1 mês e 15 dias de prisão por organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
“Determino à Secretaria Judiciária que remeta ao Ministério da Justiça [7] e Segurança Pública os documentos necessários para formalizar o pedido de extradição de ALEXANDRE RAMAGEM, nos termos do Tratado de Extradição com os Estados Unidos da América”, diz o despacho de Moraes.
A área técnica do STF vai preparar todo o material sobre o processo que levou à condenação do deputado.
📄Os documentos serão enviados ao Ministério da Justiça, que fica responsável por analisar a documentação, verificar os requisitos legais do tratado de extradição entre Brasil e EUA e preparar o pedido.
Depois, cabe ao Ministério das Relações Exteriores [8] formalizar e encaminhar o pedido de extradição pela via diplomática ao governo dos Estados Unidos.
Aliados de Ramagem, no entanto, dizem que ele deve pedir asilo político no país norte-americano [9].
De acordo com investigações da Polícia Federal [10], Ramagem saiu do país de forma clandestina pela fronteira [11] do Brasil com a Guiana [12].
Segundo as apurações, Ramagem atravessou a fronteira pelo estado de Roraima, onde já atuou como delegado [13], sem passar por nenhum posto migratório.
No país vizinho, Ramagem embarcou no Aeroporto de Georgetown [14], na capital da Guiana, com destino aos Estados Unidos, onde entrou utilizando passaporte diplomático, apesar de uma determinação para cancelamento do documento.
Foto reproduzida da Internet