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Moro mais uma vez age como advogado de defesa de Bolsonaro no caso Marielle

Está no site Brasil 247

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, vê indícios de fraude no inquérito que investiga a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A posição dele veio após o jornalista Kennedy Alencar [1] divulgar a notícia que a Polícia Civil do Rio trabalha com a hipótese de envolvimento do vereador licenciado Carlos Bolsonaro (PSC-RJ).

“Há ‘um possível envolvimento fraudulento do nome do presidente”, disse ao Jornal da CBN [2]. “Vendo esse novo episódio em que se busca politizar a investigação indevidamente, a minha avaliação […] é que o melhor caminho é a federalização”, acrescentou. “Não é um demérito das autoridades estaduais, mas é uma avaliação objetiva de que o melhor para esse caso seja a federalização”, disse.

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) pediu a prisão preventiva de Carluxo. Leia a matéria publicada pelo Brasil 247 [3]:

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) sugeiru a prisão preventina do vereador licenciado Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), após o jornalista Kennedy Alencar afirmar na Rádio CBN [1] que Polícia Civil do Rio trabalha com hipótese nova, de envolvimento do parlamentar no assassinato da ex-vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL). 

“Quando um suspeito de assassinato coage testemunha, porteiro por exemplo, desmancha provas, apagando postagens das redes ou da telefonia da portaria e muda de endereço abandonando o serviço, podendo preparar fuga, não é o caso de preventiva?”, escreveu Correia no Twitter.

Uma reportagem [4] de Veja, publicada no início deste mês, revelou o clima de hostilidade entre Carluxo e Marielle. Segundo a matéria, em maio de 2017, um assessor da pessolista andava pelo corredor mostrando o prédio da Câmara de Vereadores a dois amigos. Quando chegou em frente ao gabinete 905, de Carlos, comentou que ali ficava o filho de um deputado “ultraconservador” que beirava o “fascismo”. O vereador ouviu o diálogo e, aos berros, começou a discutir. Marielle apareceu para acalmar a situação. Desde então, o filho de Jair Bolsonaro passou a evitar até entrar no elevador se Marielle ou assessores dela estivessem presentes. 

As repercussões do caso Marielle voltaram a ganhar destaque no noticiário após o Jornal Nacional [5] divulgar uma reportagem no final do mês passado com novas revelações. De acordo com a matéria, o porteiro do condomínio Vivendas da Barra contou à polícia que, horas antes do assassinato, em 14 de março de 2018, Élcio de Queiroz, um dos suspeitos do crime, entrou no local e disse que iria para a casa do então deputado Jair Bolsonaro. Os registros de presença da Câmara dos Deputados mostram que o então parlamentar estava em Brasília naquele dia. 

Segundo a Polícia Civil do Rio, o porteiro que prestou depoimento e anotou no livro o número 58 (casa de Bolsonaro) não é o mesmo que fala com o PM reformado Ronnie Lessa (dono da casa 65) no áudio divulgado por Carlos Bolsonaro (veja aqui [6]).

Marielle foi assassinada em março do ano passado. A suspeita é de que o homicídio tenha ligação com o crime organizado. A ex-parlamentar era ativista de direitos humanos e denunciava a violência de policiais contra populações marginalizadas. Ela também chamava a atenção para a atuação de milícias nas favelas. 

No dia 14 de março de 2018, o carro conduzido por Élcio de Queiroz onde também estava Ronnie Lessa, de acordo com as investigações, perseguiu o veículo de Marielle por cerca de quatro quilômetros e cometeram o crime em um lugar sem câmeras. 

Um detalhe é que Élcio havia tirado uma foto no Facebook [7] com Jair Bolsonaro, o que reforça a proximidade entre a família e os milicianos.

Foto reproduzida da Internet

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