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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), enfrentou no domingo (21) manifestações massivas, as maiores em mais de uma década, contra a direita e o centrão em diversas capitais do país. Segundo a coluna da jornalista Daniela Lima [1], do UOL, apesar da pressão popular, aliados afirmam que Motta tentou transmitir tranquilidade. Segundo interlocutores, ele já havia admitido que pagaria um “preço público” pelas decisões tomadas na Casa.
Desgaste calculado em prol da base interna
Na reunião de líderes que definiu a votação da PEC da Blindagem e da urgência do projeto de anistia, Motta deixou claro que sabia das críticas. “É o que a maioria quer? Eu pago o preço, mas preciso que depois a Casa ande, que funcione, que tenha uma pauta que fale pra fora”, relatou um auxiliar.
O movimento, segundo aliados, foi estratégico: ao priorizar a pauta interna, o deputado buscou fortalecer sua imagem junto aos partidos e assegurar sua governabilidade à frente da Câmara.
João Pessoa pede não-reeleição de Motta
Na capital paraibana, João Pessoa, onde está a principal base eleitoral do parlamentar, os manifestantes foram diretos: pediram sua não-reeleição. Para um amigo próximo, a reação já reflete o clima de pré-campanha. “É preciso entender que entramos numa dinâmica já de pré-eleição, né?”, disse. O aliado ainda destacou que Motta constrói seu projeto político na Paraíba em aliança com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Compromissos com líderes partidários
Motta declarou à imprensa, na noite de domingo, que pretende encerrar ainda nesta semana as discussões sobre a anistia. Também reforçou que, mesmo que o Senado derrube a PEC da Blindagem, considera ter cumprido sua promessa de levar o tema ao plenário.
“As pessoas não entendem que ele estava ciente do desgaste, mas fez o que fez para ficar forte internamente. Não há no governo, na oposição ou no Supremo quem possa se dizer traído. E com os líderes [de partidos], ele está na mais alta conta”, afirmou um assessor próximo ouvido pela reportagem.
Foto reproduzida da Internet
Em tempo: não faz tanto tempo assim, em junho pra ser mais preciso, publiquei um comentário no BBNEWS TV e no Canal YouTube sobre as posições políticas do presidente da Câmara, Hugo Motta. Confira clicando aqui [2]