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O Baú de um Repórter

Nestes tempos em que se discute a validade do diploma para jornalista lembrei-me dos tempos dos bancos de faculdade  quando estudante de Jornalismo na UFRN [Universidade Federal do Rio Grande do Norte]. Vamos ao fato:

Lembro com saudades do “Nossa Voz”, um jornal laboratório

Era foca – no jargão jornalístico é o repórter estagiário – e cursava Jornalismo na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Na época existia um jornal laboratório chamado “Nossa Voz”, criado pelos professores e jornalistas Rogério Cadengue – já falecido – e Edilson Braga, hoje ocupando a chefia de reportagem do jornal Tribuna do Norte.

Foi no “Nossa Voz” onde escrevi os primeiros textos jornalísticos. A pauta era feita por Cadengue e Braga, mas todos podiam sugerir também. A coisa funcionava democraticamente. Não era obrigado todos os alunos participar desse laboratório. Quem queria era só dar o nome e a pauta lhe era entregue. Foi uma experiência válida, pois no “Nossa Voz” a gente aprendeu na prática como fazer uma reportagem. Sem dúvida, posso dizer que tirei muito proveito desse jornal laboratório.

Lembro que colegas como João Maria Medeiros, Adriano de Souza, Ciro Pedroza, Moura Neto, Gérson de Castro, só pra citar alguns chegaram a participar desse projeto. Não sei por que o “Nossa Voz” acabou tendo um fim, mas durante o período em que cursei Jornalismo ele fez grande sucesso.

Me lembrei do “Nossa Voz” porque quando se discute se a exigência da formação em Jornalismo é válida ou não, pra mim é válida sim. Um jornal laboratório é prova maior do que estou dizendo. O “Nossa Voz”, por exemplo, levou a que muitos jornalistas hoje no Rio Grande do Norte tivessem aprimorado seus textos escrevendo para o jornal laboratório.

As pautas não diziam respeito só a Universidade. Eram pautas feitas também para noticiar o dia-a-dia da cidade e até do estado. O “Nossa Voz” era mensal, salvo engano. Na época não existia ainda computador. Era a velha máquina de escrever e lembro que como eram poucas, a disputa era grande para pegar uma das Olivetti ou Remington à disposição. Quando o jornal saia todo mundo queria um exemplar principalmente aqueles que tinham escrito alguma coisa.

O “Nossa Voz” é uma das boas lembranças que tenho dos tempos de faculdade. Pena não ter guardado nenhum exemplar, mas com toda certeza foi uma experiência gratificante que tive como aluno de Jornalismo.

Obs do Blog: O web-leitor que quiser conhecer outras memórias deste repórter é só ir em BUSCA na coluna à direita e digitar uma palavra-chave tipo Baú

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