por Carlos Alberto Barbosa
O bolsonarismo, parece, tá `jogando a toalha´ diante das últimas pesquisas de intenção de voto para presidente (Datafolha e Ipec, antigo Ibope) divulgadas esta semana pelo Jornal Nacional, que dão o ex-presidente Lula bem a frente do presidente Bolsonaro, candidato a reeleição, com possibilidades reais de ganhar em primeiro turno.
As reações a flor da pele de Jair Bolsonaro na quinta-feira (18), dia em que foi divulgada a pesquisa do Datafolha, são sintomáticas de um perdedor.
O primeiro de outros dois incidentes da quinta-feira ocorreu pela manhã, quando Bolsonaro conversava com apoiadores diante do Palácio da Alvorada e um youtuber lhe provocou o chamando de “thuthuca do centrão”, fazendo Bolsonaro perder a cabeça e tentar arrancar o seu celular.
O segundo episódio de raiva de Bolsonaro aconteceu à tarde, em evento de campanha em São José dos Campos (SP). Enquanto dava entrevista à imprensa Bolsonaro gritou contra um membro da sua equipe por supostamente ter encostado nele. “Ninguém bota a mão em mim”, repetindo três vezes. O último episódio de irritação ocorreu em sua live semanal, durante a qual ele desrespeitou um assessor. O presidente reagiu a uma correção feita enquanto ele lia um decreto desta semana, que reduziu imposto sobre suplementos nutricionais. “Fica na tua aí. Eu perguntei alguma coisa para vocês? Eu perguntei alguma coisa?”, gritou Bolsonaro.
O assessor, no entanto, estava correto. O presidente afirmou que a alíquota fora zerada, mas, na verdade, como disse o assessor, ela foi reduzida para 4%.
Não só isso: O Estadão informa hoje que um grupo de empresários que já apoiaram – ou ainda apoiam – Jair Bolsonaro (PL) passou a fazer acenos ao ex-presidente Lula. O Instituto Unidos Brasil, fundado em 2020, “defende pautas encampadas pelo empresariado por meio da Frente Parlamentar do Empreendedorismo e promove eventos com políticos, sobretudo bolsonaristas”, segundo o jornal.
Fazem parte do grupo como “colaboradores voluntários” Flávio Rocha (Riachuelo), Alberto Saraiva (Habib’s), José Carlos Semenzato (do setor de franquias) e o ex-PM Washington Cinel (fundador da Gocil). Também apoiam o grupo o empresário Tomé Abduch, do movimento Nas Ruas e candidato a deputado estadual em São Paulo pelo PTB, e Salim Mattar, fundador da Localiza e ex-secretário de Desestatização de Bolsonaro.
Outro sintoma de que o bolsonarismo está “jogando a toalha”, é que
o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, já demonstra ter assimilado a inviabilidade da reeleição do presidente Bolsonaro e começa a abrir as portas para Lula. “O presidente Lula tem vasta experiência política. Sabe todos os acertos que já fez, todos os erros que o partido dele já cometeu. Sabe que ele já enfrentou a Câmara e ganhou, sabe que já enfrentou e perdeu”, disse Lira em entrevista ao Valor Econômico. (clique aqui [1]para ler a reportagem).Detalhe: Arthur Lira se referiu ao petista como “o presidente Lula”. Ou seja, Lira já projeta relação com Lula no governo.
Portanto, caros leitores (as), temos aí vários acontecimentos que nos levam a crer que o bolsonarismo tá mesmo “jogando a toalha” diante dos fatos.
A conferir!
Foto reproduzida da Internet