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O palanque èclético´ de Jair Bolsonaro

por Carlos Alberto Barbosa

No evento de filiação do PL, no domingo (27), em Brasília, onde Jair Bolsonaro fez discurso de candidato – me parece que só o TSE não enxergou isso -, deu pra observar o palanque “eclético” que o presidente da República terá na investida a reeleição. Senão vejamos:

Bolsonaro estava ladeado por nada mais nada menos do que o ex-presidente Fernando Collor, que sofreu impeachment, acusado de corrupção pelo próprio irmão, Pedro Collor de Mello, e fraudes financeiras, além de ter confiscado a poupança de muitos brasileiros, o que levou até ao suicídio de alguns; de Valdemar Costa Neto, condenado e preso por corrupção e formação de quadrilha para lavar dinheiro do esquema conhecido como mensalão e; do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, pré-candidato ao Senado pelo Rio Grande do Norte. Marinho tem no seu currículo o fato de ter sido relator da reforma trabalhista que retirou direitos dos trabalhadores e ter o seu ministério envolvido diretamente nas chamadas emendas secretas ou “tratoraço”. O “tratoraço” ficou conhecido após uma série de matérias do Estadão. Segundo o jornal, o esquema envolveu a destinação de R$ 3 bilhões em emendas do orçamento da União em troca de apoio ao governo no Congresso Nacional. O ministério comandado por Rogério é o campeão em dotação e execução dessas emendas.

Além das célebres companhias em seu palanque, Bolsonaro tem ao seu lado, claro, a primeira-dama, Michelle, que segundo o conceituado jornalista Janio de Freitas, em artigo publicado na Folha no domingo, aponta a participação ativa e intensa da mulher do presidente da República no protagonismo que vem sendo dados a pastores evangélicos envolvidos em acusações de corrupção. Freitas cita o comprometido da primeira-dama “como protetora do ministro e dos pastores mafiosos que têm manejado, em proveito próprio, altas verbas da Educação.”

Repito o que já disse: a democracia precisa que a juventude tome conhecimento da sua força, do seu poder, da sua politização, até para acabar de vez com a velha política e enxotar os maus políticos. Não adianta gritar “Fora Bolsonaro” e não fazer, de fato, nada para tirá-lo do poder.

Às urnas juventude brasileira!

Foto reproduzida da Internet

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