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O problema não é só Bolsonaro, é também quem acredita nele

Faço minhas as palavras do jornalista Xico Sá, que postou a seguinte mensagem nas redes sociais: “O problema nunca foi o Bolsonaro. Político sincerão, incompetente e ordinário por 30 anos. Quem representa o atraso e a destruição do Brasil é quem acredita nele“.

Tem razão Xico Sá, mas ressalto apenas que o problema não é só Bolsonaro. Ele foi, é, e será um problema se não houver impedimento dele continuar desgovernando o país. Reú confesso da sua incompetência quando chegou a afirmar que não nasceu pra ser presidente, e sim militar, Jair Bolsonaro, sequer, tem competência para montar um ministério, que aliás, seu corpo de auxiliares é tão igual quanto a ele.

Repito o que já disse em outro editorial: até quando as instituições se acovardarão para impedir Jair Bolsonaro de governar, o que tem sido uma praxe, permitindo que a família Bolsonaro continue ameaçando a nossa frágil democracia ao mesmo tempo em que incentiva o genocídio, ao menosprezar o combate ao vírus que já matou e vem matando um número infinito de brasileiros. Até quando se omitirão?

O jornalista Jânio de Freitas, um dos mais conceituados profissionais da imprensa brasileira escreveu: “a visão de que o impeachment não tem base pública peca por superficialidade excessiva. As evidências disponíveis já são bem nítidas”.

É verdade! Bolsonaro com seus arroubos representa o espectro do ditador capaz de desafiar as instituições democráticas custe o que custar. O pior disso tudo é que o discurso de Bolsonaro se sustenta no apoio das elites e da classe média metida a besta, que não tem, sequer, uma maçã na geladeira, mas tem dois carros importados na garagem pra mostrar aos amigos.

Com medo da classe menos favorecida da sociedade ser feliz novamente,
a elite brasileira, que articulou o golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff, em 2016, e a prisão política do ex-presidente Lula, em 2018, para usurpar a Presidência da República e aplicar um choque neoliberal, retirando direitos dos trabalhadores, liquidando a soberania nacional e ampliando a miséria, tem um novo projeto. O plano consiste em aceitar a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, diante das provas de sua parcialidade, mas não devolver os direitos políticos ao ex-presidente Lula, mantendo o Brasil sem democracia.

E por que esse medo das classes dominantes tupiniquim? Porque sabem que se Lula recuperar seus direitos políticos, retirados todos sabem como, Lula ganharia novamente, se candidato, a eleição presidencial em 2022. Mas querem novamente tirá-lo do caminho.

Como disse uma manifestante neste domingo (31) em Brasília, “pelo Brasil, pela vida de seu povo: impeachment já”.

E eu completo: Lula lá em 2022!

Foto reproduzida da Internet

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