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Os cem dias de retrocesso e de lambança do governo Bolsonaro

Primeiro ele próprio reconhece que não nasceu pra ser presidente e sim militar (veja link
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,bolsonaro-desculpem-as-caneladas-nao-nasci-para-ser-presidente-e-sim-militar,70002780868 [1] ). Depois diz que foi eleito pelo trabalho que o filho vereador, Carlos Bolsonaro, realizou nas redes sociais – entenda-se aí Fake News – (confira link
https://blogdobarbosa.jor.br/carlos-me-pos-na-presidencia-e-deveria-ser-ministro-diz-bolsonaro-ao-defender-o-filho/ [2] . Na sequência com receio de uma greve de caminhoneiros, a qual apoiou quando era deputado federal, desautoriza a Petrobras a reajustar o preço do óleo diesel, o que ocasionou um mal-estar na equipe econômica e na própria direção da estatal.

Fato é que o fantasma da greve dos caminhoneiros foi determinante para a decisão do presidente Jair Bolsonaro de segurar por alguns dias o aumento do óleo diesel. Mas se a curto prazo o Palácio do Planalto conseguiu segurar uma paralisação nacional com risco de trazer grande desgaste político ao governo, também fez ressurgir outro fantasma: a de uma ação intervencionista na política de preços da Petrobras.

Essa intervenção entra em conflito explícito com a política liberal do ministro da Economia, Paulo Guedes. O Planalto está monitorando a insatisfação dessa categoria e resolveu agir de imediato. Mas a intervenção na política de preços da Petrobras também terá um ônus: pode fragilizar a credibilidade política econômica do governo Bolsonaro.

Mas o retrocesso e a lambança ue vêm sendo promovidos pelo governo Bolsonaro não fiam só aí não. Tem muito mais coisas. Senão vejamos: o despreparo diplomático de seu governo chega a ser uma coisa gritante. Na tentativa de agradar ao presidente americano, Donald Trump, ao qual virou um subserviente de bater continência para a bandeira estadunidense, Bolsonaro prometeu mudar a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.

A mudança tem potencial de provocar atritos com palestinos e países árabes, rompendo com a postura de neutralidade mantida pelo Brasil desde a fundação do Estado de Israel, há 70 anos. Fixar a embaixada em Jerusalém implicaria o reconhecimento da cidade sagrada como capital israelense, enquanto palestinos também pleiteiam soberania sobre a cidade que desejam ter como sua capital.

Mas a série de retrocesso nestes apenas 100 dias de governo Bolsonaro, também reflete nas políticas sociais conquistadas nos governos petistas. Uma espécie de retaliação.

Mais de 600 conselhos, grupos de trabalho e comitês criados nas gestões petistas estão na mira do governo e serão extintos nos próximos meses.  Os alvos principais são conselhos sociais que integram a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação Social (SNPS), criados na gestão Dilma Rousseff em 2014. Essa foi mais uma das medidas implementadas na quinta-feira (11) pelo presidente Jair Bolsonaro via decreto, na comemoração do 100º dia de gestão.

Alguns dos grupos afetados diretamente são: Comissão Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo, Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, Conselho Nacional de Combate a Discriminação e Promoção dos Direitos de LGBT.

Como se observa, caro leitor, não se trata de Fake News, são fatos, e contra fatos não há argumentos, isso porque resolvi poupar no texto as baboseiras de alguns se seus ministros (as), tipo “menino tem que vestir azul e menina tem que vestir rosa”,
“…Os comunistas são o topo do país. Eles são o topo das organizações financeiras; eles são os donos dos jornais; eles são os donos das grandes empresas; eles são os donos dos monopólios…” ,

O que diziam os nazistas em 1930:

“…Os judeus são o topo do país. Eles são o topo das organizações financeiras; eles são os donos dos jornais; eles são os donos das grandes empresas; eles são os donos dos monopólios…”

E mais: “a orientação dada pelo capitão Bolsonaro à caserna de que a data de 31 de março, data do golpe militar de 1964, tinha que ser comemorada nos quartéis, e depois pra completar o ex-ministro da Educação sugeriu a modificação dos livros didáticos para exaltar o golpe, o que levou a sua exoneração devido a repercussão negativa, mesmo a contragosto de Bolsonaro.

Isso e muito mais só em 100 dias de governo, ou seria “sem dias de governo”?

Foto reproduzida da Internet

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