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Pedidos de urgência para projetos mais antigos na Câmara estão há 15 anos na gaveta

Está no Blog da Ana Flor

Câmara dos Deputados [1] tem atualmente 1.177 pedidos de urgência no plenário, com os mais antigos tendo sido protocolados em 2010, ou seja, estão há 15 anos parados.

A decisão de pautar um pedido de urgência é individual e exclusiva do presidente da Câmara, ou seja, o poder está com Hugo Motta (Republicanos-PB).

Por conta disso, Motta vem sofrendo pressões de todos os lados: governo, parlamentares da oposição e situação e, claro, do próprio Supremo Tribunal Federal (STF), que ainda julga envolvidos na tentativa de golpe de Estado que culminou no 8 de janeiro. [2]

São 1.038 pedidos prontos para que a urgência seja votada – destes, seis esperam desde 2010 para serem analisados pelo plenário.

Temor de retiradas

O líder do Partido Liberal (PL), Sóstenes Cavalcante, protocolou nesta segunda-feira (14) o pedido de urgência para o projeto da anistia. [3]

A oposição conseguiu 262 assinaturas – pouco mais do que os 257 apoios necessários – contando com a ajuda de partidos da base do governo Lula (PT). [4]

A decisão do líder do PL se deu porque o governo se movimentava para pressionar parlamentares a retirar seus nomes da lista. [5] Após o protocolo, não é mais possível retirar nomes individualmente. A única possibilidade é a retirada integral da proposta de tramitação, o que depende do apoio de metade mais um dos deputados que assinaram originalmente o requerimento.

Para que a urgência seja aplicada ao projeto da anistia, será preciso que o pedido seja aprovado pelo plenário da Câmara. A aprovação também depende de, no mínimo, 257 votos favoráveis.

No entanto, Hugo Motta (Republicanos-PB), atual presidente da Câmara, já indicou a aliados que não tem intenção de colocar o texto para votar – e, no momento, o destino do pedido de urgência deve ser a gaveta.

A ministra Gleisi Hoffmann (PT) já disse também ter confiança de que Motta não vai dar andamento ao projeto. [6]

Nesta semana, Motta está fora do Brasil, em viagem particular. Mesmo com o primeiro-vice-presidente, Altineu Cortes (PL-RJ), que é do partido de Bolsonaro, no comando da Câmara, há um acordo para esperar para que o colégio de líderes volte a discutir o assunto, depois da Páscoa. [7]

Foto reproduzida da Internet


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