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Petrobras faz nova descoberta de petróleo na Bacia de Campos

Está no g1

Petrobras [1] anunciou nesta segunda-feira (17) a descoberta de petróleo de alta qualidade em uma área do pós-sal na Bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro.

O petróleo foi identificado no bloco Sudoeste de Tartaruga Verde, em um poço exploratório localizado a 108 quilômetros da costa de Campos dos Goytacazes (RJ), em uma área com 734 metros de profundidade.

Segundo a estatal, a perfuração já foi concluída e os primeiros testes — que envolveram análises elétricas, indícios de gás e coleta de fluidos — confirmaram a presença de óleo.

Agora, o material será enviado para análise em laboratório, etapa que permitirá avaliar a qualidade do reservatório e estimar o potencial de produção da área.

O bloco Sudoeste de Tartaruga Verde foi adquirido pela Petrobras [1] em 2018, durante a 5ª Rodada de Partilha de Produção, com a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) como gestora do contrato. A Petrobras [1] opera o bloco com 100% de participação.

A Bacia de Campos é uma área marítima entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo que abriga alguns dos principais campos de petróleo do país. Por décadas, foi uma região estratégica para a Petrobras [1], responsável por uma parcela significativa da produção nacional.

Mesmo com o avanço do pré-sal, a região segue como um polo relevante para exploração e desenvolvimento de novos poços.

Bacia de Campos — Foto: Petrobras

Novas explorações

A descoberta anterior da estatal ocorreu no pré-sal da Bacia de Santos, em maio deste ano.

O poço fica no bloco Aram, a 248 quilômetros da cidade de Santos (SP), em uma área com 1.952 metros de profundidade. Foi a segunda descoberta de petróleo de alta qualidade no mesmo bloco da Bacia de Santos somente este ano.

O avanço na Margem Equatorial marca o capítulo mais recente e relevante da exploração de petróleo pela Petrobras [1].

Em outubro, a companhia recebeu do Ibama a licença para perfurar um poço exploratório em águas profundas na região da Foz do Amazonas [2], apontada como uma das novas fronteiras de petróleo e gás do país.

Segundo o Ibama, a licença foi emitida após uma série de melhorias no projeto da Petrobras [1]. A empresa afirma ter comprovado a “robustez de toda a estrutura de proteção ambiental” que será utilizada na perfuração.

Petrobras [1] também ressaltou que novas fronteiras de exploração são essenciais para “garantir a segurança energética do país e os recursos necessários para uma transição energética justa”.

O bloco FZA-M-059 está localizado a cerca de 500 km da foz do Rio Amazonas e 175 km da costa, em uma área de mar aberto. A perfuração deve começar de imediato e tem previsão de durar cinco meses.

A expectativa é que a área possa se tornar um “novo pré-sal”, com reservas capazes de sustentar a produção de 1,1 milhão de barris por dia — volume superior ao dos dois maiores campos atuais. Tupi produz cerca de 1 milhão de barris por dia e Búzios, 800 mil.

No entanto, o projeto enfrenta críticas de ativistas por envolver riscos ambientais em uma região sensível e pouco estudada e pela possível ameaça às comunidades que dependem da pesca.

Antes da aprovação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em diferentes ocasiões, que a exploração na região será feita com responsabilidade [3] e que o Brasil não está preparado para abrir mão dos combustíveis fósseis [4], assim como nenhum outro país no mundo.

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