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PF cumpre mandados de busca em escritórios de advocacia do ex-presidente do STJ Asfor Rocha

Está no G1

A Polícia Federal cumpriu na manhã desta sexta-feira (29) mandados de busca e apreensão nos escritórios de advocacia do ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Cesar Asfor Rocha e do filho dele em São Paulo e em Brasília. A ação foi acompanhada por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), conforme determina a lei.

As buscas foram determinadas pela 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo e integram uma nova fase da Operação Appius, que apura crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. No início de novembro, a PF cumpriu buscas na casa de Asfor Rocha em Fortaleza, no Ceará. [1]

Em nota enviada ao G1 às 12h40, o escritório Cesar Asfor Rocha Advogados informou que “aguarda com serenidade as apurações baseadas em afirmações do ex-deputado Antônio Palocci. As suposições com que o ex-petista, já condenado por corrupção, tenta comprar sua liberdade não têm respaldo nos fatos”. A investigação corre em segredo de justiça.

O Ministério Público Federal (MPF) informou que as buscas nos escritórios de Asfor Rocha nesta sexta se justificam agora “porque a investigação é voltada à apuração de indícios de cometimento de crime pela própria pessoa do advogado responsável pelo escritório alvo”. Segundo o MPF, nas buscas feitas na casa do ex-presidente do STJ em novembro, não foram encontrados computadores, o que foi caracterizado “uma circunstância atípica” e com “denotação de possíveis ações de ocultação de elementos relevantes à apuração”.

Investigação

O inquérito policial da Operação Appius teve origem a partir de informações obtidas em uma colaboração premiada do ex-ministro Antonio Palocci Filho e investiga o pagamento de propina por parte de uma empreiteira a agentes públicos para anular a Operação Castelo de Areia, realizada em 2009. [1]

A Operação Castelo de Areia foi deflagrada em 2009 pela PF e pelo Ministério Público Federal (MPF) e apurava os crimes de fraude à licitação, corrupção, lavagem de dinheiro, entre outros, praticados por representantes de uma empreiteira e políticos para obtenção de contratos públicos. Em 2011, a operação foi anulada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Em 7 de novembro, quando a PF realizou buscas na casa de Cesar Asfor Rocha, a assessoria dele disse que “o ex-ministro Antonio Palocci dissemina mentiras com base no que diz ter ouvido falar e que, por falta de consistência e de provas, essa mesma delação foi recusada pelo Ministério Público Federal”

A assessoria também disse que, “além de ações cíveis por danos causados à sua imagem e a do escritório, o ex-ministro Cesar Asfor Rocha vai registrar notícia crime na Procuradoria Geral da República e mover ação penal contra Palocci, a quem se refere como delinquente”.

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