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O ministro Abraham Weintraub se manteve em silêncio em depoimento na manhã desta sexta-feira (29) no Ministério da Educação. Durante o interrogatório, ele não respondeu às perguntas. O depoimento era parte das investigações do chamado “inquérito das fake news”, aberto pelo Supremo Tribunal Federal.
A ordem para que Weintraub prestasse depoimento partiu do ministro Alexandre de Moraes, do STF, responsável pelo inquérito, que apura a disseminação de notícias falsas e ameaças aos ministros do tribunal [1].
O objetivo do depoimento era esclarecer a manifestação de Weintraub na reunião ministerial de 22 de abril [2], cujo conteúdo se tornou conhecido na semana passada.
O ministro defendeu a prisão de ministros do STF, chamados por ele de “vagabundos”. “Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF [3]“, declarou o ministro na ocasião.
O governo tentou impedir o depoimento [4] de Weintraub. O ministro da Justiça, André Luiz Mendonça [5], entrou com um habeas corpus preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF [6]) para tentar suspender o depoimento [7].
André Mendonça argumentou que não existe relação entre o objeto do inquérito e o exercício da liberdade de expressão.
Mandados de busca e apreensão
André Mendonça também estendeu o pedido a todos os alvos de mandados de busca e apreensão no inquérito. Nesta quarta (27), a PF cumpriu 29 mandados de busca e apreensão [8] contra 17 pessoas.
Aliados do presidente Jair Bolsonaro [9] foram alvos da operação [8], entre os quais o presidente do PTB, Roberto Jefferson, e o empresário Luciano Hang. Eles negam irregularidades.
Foto reproduzida da Internet