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PIB do Brasil cai 0,2% no 1º trimestre, diz IBGE

Está no G1

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 0,2% no 1º trimestre, na comparação com o último trimestre do ano passado. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 1,714 trilhão nos 3 primeiros meses do ano.

Trata-se da primeira queda desde o 4º trimestre de 2016 (-0,6%).

Apesar de decepcionante, o resultado veio dentro do esperado pelo mercado [1], confirmando a leitura de maior fraqueza da atividade econômica neste começo de ano e piora das expectativas.

Além de representar uma interrupção da trajetória de recuperação, que já vinha em ritmo lento, o PIB negativo no 1º trimestre traz novamente o risco de volta da recessão (caracterizada, tecnicamente, por dois trimestres seguidos de queda).

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

Não houve revisão do resultado do 4º trimestre de 2018 (alta de 0,1% na comparação com os 3 meses anteriores), afastando assim a chance do país já ter entrado em uma recessão técnica como temia parte dos analistas.

Na comparação com o 1º trimestre de 2018, o PIB cresceu 0,5%. Já o acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2019 subiu 0,9%, comparado aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

O resultado só não foi pior porque o setor de serviços, que possui o maior peso na composição do PIB, manteve o ritmo de recuperação (0,2%).

Veja os principais destaques do PIB no 1º trimestre:

Indústria puxa queda

Entre os principais setores, a maior queda foi da indústria (-0,7%), impactada principalmente pelo recuo de 6,3% da indústria extrativa, refletindo os desdobramentos do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG). Agropecuária caiu -0,5% na comparação com o trimestre anterior, enquanto os serviços subiram 0,2%.

Pela ótica da despesa, os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) caíram pelo 2º trimestre seguido (-1,7%), enquanto o consumo do Governo (0,4%) e o consumo das Famílias (0,3%) tiveram taxas positivas.

Previsões para o ano

O desempenho fraco da economia nos últimos meses, a queda dos índices de confiança de empresários e consumidores, e as incertezas em relação à tramitação da reforma da Previdência no Congresso têm levado analistas e instituições a revisarem para baixo suas previsões para o PIB de 2019.

De acordo com a última pesquisa Focus do Banco Central, os economistas dos bancos passaram a estimar crescimento de 1,23% para este ano [3]. Foi a 13ª queda seguida na previsão. Parte do mercado, entretanto, já espera uma alta no máximo de 1%, abaixo do observado nos dois últimos anos.

Na semana passada, o Ministério da Economia baixou a sua previsão de crescimento de 2,2% para 1,6% em 2019 [4].

Em 2018, a economia brasileira cresceu 1,1% [5], após alta de 1,1% em 2017, e retrações de 3,5% em 2015, e 3,3% em 2016.

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