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Por unanimidade, 1ª Turma do STF torna mais sete denunciados réus por tentativa de golpe

Está no g1

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF [1]) decidiu nesta terça-feira (6), por unanimidade, tornar réus outros sete denunciados por participação em uma trama golpista para manter no poder, de forma ilegal, o ex-presidente Jair Bolsonaro [2] (PL [3]).

Os sete fazem parte do núcleo 4 da organização, grupo que seria responsável por “operações estratégicas de desinformação”.

Essas operações teriam atendido a demandas do núcleo político, com intuito de promover a instabilidade social e criar cenário para uma ruptura institucional.

Foram denunciados nesse núcleo:

Votaram pela abertura de processo penal os cinco ministros da Primeira Turma: Alexandre de Moraes [4] (relator), Flávio Dino [5]Luiz Fux [6]Cármen Lúcia [7] e Cristiano Zanin [8].

Segundo a denúncia da PGR, o grupo propagou notícias falsas sobre o processo eleitoral e realizou ataques virtuais a instituições e autoridades que ameaçavam os interesses do núcleo.

Conforme o Ministério Público, todos estavam “cientes do plano maior da organização e da eficácia de suas ações para a promoção de instabilidade social e consumação da ruptura institucional”.

Relator, Moraes ressaltou que a denúncia da Procuradoria traz os indícios que pesam contra cada um dos acusados, o que justifica a abertura da ação penal.

O ministro afirmou que as ações do núcleo da desinformação estão conectadas com o núcleo político, integrado por Bolsonaro, com o objetivo de atacar a credibilidade da Justiça e das eleições.

“As ações ganham ainda mais relevo quando observada a consonância entre os discursos públicos de Jair Messias Bolsonaro e os alvos escolhidos pela célula infiltrada na agência brasileira de inteligência”, afirmou.

Moraes disse ainda que “toda a estrutura do núcleo político cuja denúncia já foi recebida, instrumentalizando suas ordens pelo núcleo de desinformação, como narra a denúncia”.

Crimes

A Procuradoria-Geral da República apontou que os sete denunciados teriam cometido os seguintes crimes:


Julgamento

No julgamento, os ministros ressaltaram os impactos da desinformação para as instituições e também para a sociedade.

Segundo a ministra Carmen Lúcia, a mentira virou um meio utilizados para destruir a confiabilidade institucional. Para a ministra, mentiras viraram comodities para comprar a antidemocracia.

“A mentira, é, muitas vezes, como um instrumento específico para uma finalidade. Como eu preciso de uma arma, arma como instrumento material para um assassinato, ou como um veneno. A mentira é um veneno político plantado socialmente e exponencialmente divulgado por rede, por plataformas e novas tecnologias, que hoje são grandes problemas”, afirmou Cármen.

De acordo com a ministra, a disseminação de desinformação não pode ser considerada algo de menor importância.

“Se fosse [menos importante], os tribunais constitucionais do mundo inteiro não estariam tendo, neste tema, debates relativos à responsabilidade, legalidade e um emprego lícito e legítimo de tecnologias. Os tribunais constitucionais não estariam se debruçando sobre isso como principal tema hoje”, acrescentou a magistrada.

O ministro Flávio Dino lembrou casos de que a divulgação de fake news leva a assassinatos.

Foto reproduzida da Internet


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