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Dois presos acusados de integrar um plano criminoso para sequestrar e executar o senador Sergio Moro [1] (União Brasil-PR) e outras autoridades de segurança pública no Brasil foram assassinados a facadas, na tarde segunda-feira (17), na Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira, a P2, em Presidente Venceslau (SP) [2].
Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo, e Reginaldo Oliveira de Sousa, o Rê, ambos de 48 anos, haviam sido presos em março de 2023, durante a Operação Sequaz [3], que investigou o plano elaborado pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) contra os agentes públicos.
De acordo com as informações repassadas ao g1 [4] pelo promotor de Justiça Lincoln Gakiya, integrante do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP) e ele próprio uma das autoridades visadas no plano criminoso, as execuções de Nefo e Rê ocorreram após o almoço, durante a soltura dos presos para o banho de sol, na P2.
Ainda segundo Gakiya, Nefo foi levado para o banheiro do presídio, onde três detentos o mataram a facadas. Em seguida, os mesmos presos atacaram Rê no pátio da unidade, onde o executaram também a facadas.
Após as execuções, os três suspeitos se entregaram e assumiram a autoria dos assassinatos.
O promotor Lincoln Gakiya afirmou que ainda não foi esclarecida a motivação para as execuções de Nefo e Rê.
A Polícia Civil investiga as mortes e a Polícia Científica compareceu ao presídio para realizar a perícia no local dos crimes.
Em nota oficial enviada ao g1 [4], a Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP-SP) confirmou que três presos assumiram a autoria dos homicídios no interior de um dos pavilhões da P2 e um quarto detento está sendo investigado pela Polícia Civil como suspeito de ter participado da ação.
Os três detentos foram isolados e deverão responder por esses novos crimes.
A pasta estadual ainda pontuou que foi registrado um Boletim de Ocorrência no plantão da Polícia Civil e houve a instauração de procedimento apuratório para esclarecer as circunstâncias das mortes.
“A Polícia Científica está periciando o local da ocorrência”, finalizou a SAP-SP.