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Prisão de Fernando Collor gera repercussão internacional após condenação por corrupção

Está no Brasil 247

A prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992), determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na sexta-feira, 25 de abril, gerou grande repercussão internacional. Condenado a oito anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, Collor foi detido em Maceió, Alagoas.

A condenação, proferida em 2023, é resultado de uma investigação vinculada à Operação Lava Jato. Segundo informações de sua defesa, a prisão ocorreu por volta das 4 horas da manhã, quando o ex-presidente se preparava para viajar a Brasília, a fim de cumprir a decisão judicial.

Segundo a RFI [1], a prisão de Collor foi amplamente coberta pela imprensa internacional. O jornal britânico The Guardian destacou que ele foi condenado por receber R$ 20 milhões em propina para favorecer contratos entre a BR Distribuidora, uma empresa estatal de combustíveis, e a construtora UTC Engenharia. Em troca, Collor utilizou sua influência política para nomear executivos na BR Distribuidora, à época controlada pela Petrobras.

A agência de notícias americana AP News também noticiou o caso, lembrando que Collor foi o primeiro presidente do Brasil eleito por voto direto após o regime militar. Por sua vez, o jornal espanhol El País enfatizou que Collor foi detido em Maceió enquanto tentava se entregar às autoridades. A publicação sublinhou que a condenação de Collor reforça o padrão de responsabilização de ex-presidentes no Brasil desde a redemocratização, com exceção de Fernando Henrique Cardoso.

Collor, de 75 anos, deve permanecer preso em Maceió até uma decisão definitiva do STF, segundo fontes policiais. Há rumores de que ele seja transferido para Brasília para iniciar o cumprimento de sua pena.

A decisão que resultou na prisão de Collor foi emitida pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. Moraes justificou sua decisão afirmando que os recursos interpostos pela defesa do ex-presidente contra a condenação de 2023 eram “meramente protelatórios”. A ordem de prisão será submetida à homologação do plenário do STF na próxima sexta-feira. Os advogados de Collor reagiram à decisão com “surpresa e preocupação”, conforme um comunicado enviado à imprensa.

Foto reproduzida da Internet

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