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Psol pede ao Ministério Público Militar afastamento de Braga Netto do Exército

Está no Brasil 247

A deputada Luciene Cavalcante, do PSol de São Paulo, pediu nesta quinta-feira (28) que o Ministério Público Militar cobre o afastamento do general da reserva Walter Braga Netto do Exército enquanto o militar é investigado por nomear o delegado Rivaldo Barbosa como chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro um dia antes do assassinato de Marielle Franco. Barbosa é suspeito de ser  “autor intelectual” da morte da vereadora, segundo a PF, e foi preso no domingo (24). As informações são do jornalista Guilherme Amado, em sua coluna no Metrópoles.  [1]

Barbosa foi nomeado por Braga Netto. Em 2018, ainda no governo Temer, Braga Netto era o interventor federal na segurança pública fluminense. Após a operação da PF que prendeu o ex-chefe da Polícia Civil subordinado a Braga Netto, o general alegou que assinou a nomeação apenas por “questões burocráticas”.

Segundo o ex-governador Wilson Witzel, os delegados encarregados do caso na época, que respondiam diretamente aos generais Braga Netto e Richard Nunes, adiaram a prisão dos executores, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, com a justificativa de que estavam priorizando a identificação dos mandantes do assassinato. Witzel sugere que a demora na prisão dos assassinos tenha ocorrido por interesses eleitorais. Ele afirmou ter questionado os delegados sobre o caso durante a transição de governo, em 2018, e ficou surpreso ao saber que já havia informações sobre os executores. “Fiz uma reunião ainda antes de assumir, na transição de governo, e perguntei aos delegados: ‘qual informação vocês têm do caso Marielle?’. Eles me disseram: ‘nós temos a informação de dois executores’. Eu disse: ‘ué, por que vocês não pediram a prisão deles ainda?’. [E eles responderam]: ‘nós estamos esperando chegar no mandante’. Se eu perguntei [sobre o caso Marielle], quem estava aqui antes de mim [Braga Netto e Richard Nunes] deve ter perguntado também. É natural. A eleição foi em outubro [de 2018], eu fiz essa pergunta em novembro. E o Lessa morava no condomínio do candidato [Bolsonaro]”.

Witzel sugeriu que os generais Braga Netto e Richard Nunes podem ter sido informados sobre a identidade dos executores e podem ter deliberadamente adiado as prisões para evitar repercussões políticas negativas para Bolsonaro, que era vizinho de Lessa. “Você imagina se essa informação é divulgada, se eles são presos na véspera da eleição. O matador da Marielle morador e vizinho do candidato. Como a informação cairia naquele momento?”.

Foto reproduzida da Internet

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