por Carlos Alberto Barbosa
Que a tragédia ambiental no Rio Grande do Sul sirva de alerta e que os candidatos a prefeito coloquem em seus planos de governo projetos que digam respeito a preservação do meio ambiente, sob pena de serem cobrados. Lembre-se, o seu voto vale vidas.
Me reporto ao senador Fabiano Cantarato (PT-RS), que afirmou que “o aumento dos eventos extremos climáticos no Brasil é obra direta da “boiada” do governo Bolsonaro, que apostou no negacionismo climático e desestruturou toda a política ambiental do país.
No caso acima citado, o voto em Bolsonaro não valeu vidas, certamente!
A propósito, o blog há tempos cobra do Ministério Público, no caso de Natal, capital do Rio Grande do Norte, uma solução para a retirada dos invasores do Parque das Dunas, que compõe o Morro do Tirol, zona leste da capital potiguar. Aqui a “boiada” já passou faz tempo e nada foi feito.
Faz mais de 20 anos que o ex-vereador de Natal, Olegário Passos, entrou com uma ação junto ao MP solicitando a retirada de 76 casas que foram erguidas, de forma ilegal, dentro do Parque das Dunas com a conivência dos poderes públicos. Até hoje, a Promotoria de Justiça e do Patrimônio Público não tomou nenhuma providência eficaz no sentido de obrigar o governo estadual a retirar as famílias que residem lá. Saliente-se que o Parque das Dunas é uma área de preservação ambiental criada por decreto-lei do governo do estado
Na época da ação, a promotora responsável pelo caso era Rossana Sudário. Hoje o assunto está entregue a promotora Gilka da Mata, que ainda em 2007 chegou a dizer na imprensa que o MP já havia dado um prazo para que o governo promovesse a retirada. Até hoje nada!
Ainda em 2010, o jornal Tribuna do Norte reportou sobre o assunto. O texto sob o título “Projeto prevê retirada de casas no entorno do parque”, dizia o seguinte:
– O Ministério Público já vem agindo no sentido de cobrar a retirada das moradias que foram construídas irregularmente no entorno do Parque das Dunas, inclusive no trecho que faz limite com o bairro de Mãe Luiza. De acordo com a assessoria do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Estado (Idema), já há um projeto prevendo a remoção, ou indenização dos moradores da área, em análise na Procuradoria Geral do Estado (PGE).
Repito: até hoje nada!
O problema maior é que a cada ano a degradação do meio ambiente vai aumentado, porque os moradores do Parque das Dunas jogam lixo na encosta do morro, além do que as casas não têm sistema de esgotamento sanitário, o que possibilita a contaminação do lençol freático. Outro problema é o risco de morte que eles correm, em caso de chuvas fortes e desabamento das residências que se localizam no pico das encostas.
Quando houver uma tragédia aí a Izez é morta. Até quando essa situação vai continuar? Com a palavra a promotora Gilka da Mata.
Exija-se dos candidatos a prefeito um plano de governo que contemple a proteção ambiental da cidade.
Tenho dito!
Foto: Arquivo