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Queiroz manda recado: `não vejo ninguém mover nada para tentar me ajudar´

Queiroz reapareceu! Eis a manchete de capa da Revista Veja deste fim de semana. No entanto, o que me chamou a atenção foi outra reportagem, a da Época, em que relata não o fato de Fabrício Queiroz está morando no luxuoso bairro do Morumbi, em São Paulo, e está fazendo tratamento médico no Hospital Albert Einstein, um dos mais caros do país. Não, não foi isso que despertou uma leitura mais aguçada minha sobre o fato em si. O que me chamou a atenção foi uma declaração dele na sua conta no twitter, reportada pela Época, em que o ex-segurança de Flávio Bolsonaro, se queixa da ausência de apoio e critica falta de empenho em investigação sobre autor de ataque a Jair Bolsonaro.

Neste sábado (31), Bolsonaro disse em contato com a imprensa, após ser abordado se sabia onde o seu amigo se encontrava, que desconhecia o paradeiro de Queiroz. “Eu não sei do Queiroz, cara. Eu não sei do Queiroz”. Certamente e obviamente, a queixa de Fabrício Queiroz sobre a falta de apoio procede, já que o próprio Bolsonaro disse desconhecer o paradeiro do amigo, embora, um outro fato intrigante foi levantado pelo ex-candidato a Presidência da República, e coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos. “Acharam o Queiroz. E não foi a Polícia Federal do Moro. A questão agora é quem paga sua estadia no Morumbi e suas consultas no Albert Einstein. Com a palavra, a família Bolsonaro”, escreveu o ativista no Twitter.

Além disso, uma outra coisa me chamou a atenção nas palavras de Fabrício Queiroz, reportadas pela Época. Na conversa por áudio via WhatsApp obtida por Época, Queiroz também criticou os rumos da investigação sobre Adélio Bispo relacionada ao atentado contra o presidente Jair Bolsonaro, no período da campanha eleitoral.

Sintomático Fabrício Queiroz lamentar na redes sociais ter sido abandonado por algumas pessoas de sua confiança e ao mesmo tempo fazer cobranças sobre as investigações sobre o atentado contra Bolsonaro na campanha presidencial.

Queiroz, segundo a Época, segue acreditando que alguém contratou Adélio para cometer o crime no ano passado — apesar de a investigação da Polícia Federal ter concluído que ele agiu sozinho. Tem algo no ar e não é avião de carreira.

Aliás, o ex-presidente Lula colocou em dúvida em entrevista à BBC Brasil a facada em Bolsonaro. “Mas você garante a mim o direito da dúvida? Veja, eu tenho suspeitas (de que não ocorreu). Agora, se aconteceu, aconteceu” , disse.

Lembro que Fabrício Queiroz desde que passou a ser investigado por peculato e lavagem de dinheiro pelo Ministério Público do Rio de janeiro, o ex-segurança de Flávio Bolsonaro, fez questão de sumir do radar.

O sumiço dele não era por acaso. Está envolvido em um esquema de lavagem de dinheiro que ocorria na Assembleia Legislativa do Rio quando o filho de Jair Bolsonaro era deputado estadual. Queiroz movimentou R$ 7 milhões de 2014 a 2017, de acordo com relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

A conferir!

Foto reproduzida da Internet



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