Bolsonaristas costumam dizer que no governo de Jair Bolsonaro não há corrupção. Há sim, e não é pouca, o que não há é investigação. E a corrupção no governo Bolsonaro é pulverizada envolvendo vários segmentos.
Alguns exemplos de corrupção no governo Bolsonaro, para ficar nos mais recentes, podemos citar o bolsolão dos pastores evangélicos no Ministério da Educação (MEC), o ministério paralelo montado no Ministério da Saúde,
envolvendo até médicos, para a compra de vacinas superfaturadas para imunização contra a covid-19, conforme constatou a CPI da Covid no Senado, e as emendas secretas, que ficou conhecido como “tratoraço”, que trata de beneficiar parlamentares governistas com gordas verbas públicas.
A ONG Transparência Internacional enviou, no início de março, ao Grupo de Trabalho Antissuborno da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (WGB/OCDE), um relatório detalhando os principais retrocessos nos marcos legais e institucionais anticorrupção do país em 2021 e recomendações para a reversão deste cenário.
O relatório “Brazil: Setbacks in the Legal and Institutional Anti-Corruption Frameworks [1]” complementa denúncias anteriores realizadas pela Transparência Internacional – Brasil em 2019 [2] e 2020 [3]. Esta atualização traz novas evidências sobre a perda de independência e crescimento da ingerência política por parte do governo federal sobre órgãos fundamentais na luta contra a corrupção, como a Procuradoria-Geral da República, Polícia Federal, Receita Federal, COAF, entre outros.
A ingerência também se estende a órgãos de controle em outras áreas, como a ambiental, que vêm sofrendo um verdadeiro desmanche, com graves consequências no enfrentamento de crimes ambientais e violações de direitos humanos. No Congresso Nacional, os retrocessos na transparência do processo legislativo (principalmente, o orçamento secreto) foram destaques, além da reforma que enfraqueceu a Lei de Improbidade Administrativa, uma das principais leis anticorrupção do país, relata o documento.
O bolsolão do MEC virou o maior escândalo de corrupção do governo Bolsonaro. O ministro Milton Ribeiro criou uma estrutura paralela no MEC controlada por lobistas evangélicos, que vendiam vantagens para obtenção de verbas do Fundo de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Ele já é acusado de cometer crimes de improbidade administrativa e tráfico de influência. O presidente Bolsonaro é o mentor do esquema.
Além de inoperante, o Ministério da Educação (MEC) virou um pardieiro, um ambiente sórdido e corrompido. Fato inconteste!
Foto reproduzida da Internet
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