por Paulo Moreira Leite, no Brasil 247
Projeto que pretendia funcionar como grande barreira de proteção à truculência bolsonarista, a PEC da Blindagem foi arquivada em decisão unânime da Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal.
Repleta de casuísmos autoritários, em um texto legal que pretendia oferecer a impunidade garantida à extrema-direita em criminosa atividade no país, a decisão possui uma relevância óbvia.
Marca a primeira derrota institucional do fascismo bolsonarista e abre caminho a novas mudanças de curso na política brasileira daqui para a frente.
Ao recusar o papel de “vaca de presépio” que lhe foi reservado pelo bolsonarismo, o Senado mostrou um momento de sintonia absoluta com os anseios e necessidades da maioria de brasileiras e brasileiros.
Decisão de caráter histórico, que mandou para o lixo um projeto de regressão política típico de ditaduras e regimes de força, o arquivamento foi tomado em uma conjuntura bem específica.
Poucos dias depois de as ruas e avenidas de grandes cidades do país terem sido ocupadas por uma massa de trabalhadores, donas de casa e estudantes que, enfrentando um ambiente de hostilidade evidente, fez questão de afirmar seu compromisso com a democracia e as liberdades.
Ao ir às ruas para exigir seus direitos, o povo brasileiro lembrou uma conhecida lição política — a ideia de que a mobilização popular funciona como instrumento indispensável para abrir as portas da história e reconstruir um regime de liberdades e democracia, tão necessário ao bem-estar e ao desenvolvimento do país.
Alguma dúvida?
Foto reproduzida da Internet
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