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Rubio promete reação dos EUA à condenação de Bolsonaro nos próximos dias

Está no g1

O secretário de Estado dos Estados Unidos [1]Marco Rubio [2], disse, em uma entrevista nesta segunda-feira (15), que os EUA vão anunciar nos próximos dias medidas em resposta à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele não deixou claro quais seriam essas medidas.

A maioria da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu condenar Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes. Os votos dos ministros foram concluídos na quinta-feira (11). O ex-presidente recebeu pena de 27 anos e três meses de prisão. [3]

Em entrevista à Fox News, Rubio se referiu aos ministros do STF como “juízes ativistas” que perseguiram Bolsonaro. Ele também afirmou que a Corte tentou punir cidadãos americanos por meio de medidas “extraterritoriais”.

“Portanto, haverá uma resposta dos EUA a isso, e teremos alguns anúncios na próxima semana sobre quais medidas adicionais pretendemos tomar”, afirmou.

Ainda na quinta-feira, Rubio já havia prometido que os EUA “responderão de forma adequada a essa caça às bruxas” contra Bolsonaro.

Além disso, o presidente Donald Trump classificou como “terrível” a condenação [4] e disse estar “muito insatisfeito” com o julgamento. O republicano também comparou o caso com processos judiciais que ele próprio enfrentou.

“Isso é muito parecido com o que tentaram fazer comigo, mas não conseguiram de jeito nenhum. Mas só posso dizer o seguinte: eu o conheci como presidente do Brasil e ele é um bom homem”, afirmou.

No mesmo dia, o vice-secretário de Estado dos Estados Unidos, Christopher Landau, afirmou que a relação entre Brasil e EUA estão no “ponto mais sombrio em dois séculos” [5].

Tarifas e ameaças

Em julho, Trump enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciando tarifas de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos EUA. Na ocasião, ele justificou a medida, em parte, pelo que chamou de “caça às bruxas” contra Bolsonaro.

À época, o presidente norte-americano também determinou a abertura de uma investigação comercial, acusando o Brasil de adotar práticas desleais de comércio.

Também em julho, os EUA revogaram o visto de Moraes e outros sete ministros do STF [6], deixando apenas André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux de fora. À época, Rubio também citou “caça às bruxas” contra Bolsonaro e censura à liberdade de expressão. No mesmo mês, foi aplicada a Lei Magnitsky a Moraes [7], que prevê restrições financeiras ao ministro, como bloqueio de contas bancárias.

Na semana passada, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que os EUA estão dispostos a “usar meios militares” para “proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo”, em referência ao julgamento de Bolsonaro.

“A liberdade de expressão é a questão mais importante dos nossos tempos. Presidente Trump leva isso muito a sério, e por isso tomamos ações contra o Brasil”, completou Leavitt.

Condenação

A Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro por golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, dano qualificado contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. O ex-presidente cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto [8].

Com ele, também foram condenados:

A Primeira Turma do STF é composta por Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente do colegiado.

Como o ministro Fux divergiu dos colegas em diversos pontos e a denúncia contra Ramagem não foi toda analisada, o julgamento teve diferentes placares:

Foto reproduzida da Internet

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