- blogdobarbosa - https://blogdobarbosa.jor.br -

Senadores em fim de carreira como Agripino e Garibaldi prestam um desserviço ao Brasil e ao RN

por Carlos Alberto Barbosa

Lamentável que senadores como José Agripino Maia (DEM-RN) e Garibaldi Alves (MDB-RN), dois ex-governadores  e aposentados pelas urnas na última eleição, prestem um desserviço ao Brasil e ao Rio Grande do Norte ao votarem favorável ao aumento de 16,38% nos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal e do procurador-geral da República. Os magistrados passarão de vencimentos de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil, num país que vive sob uma crise política, econômica e financeira sem precedentes. Da bancada do RN a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) foi a única a se posicionar contrária ao escárnio contra o povo brasileiro.

Isso significa que o impacto nas contas públicas causado pelos reajustes dos magistrados pode chegar a R$ 6 bilhões por ano graças ao chamado “efeito-cascata”, já que o salário dos ministros é parâmetro para os salários de todo o Judiciário, como juízes, desembargadores e membros do Ministério Público em todas as instâncias, o que acarreta também um efeito dominó resultando um impacto bilionário nas contas públicas não só da União, mas como também dos estados e dos municípios. Um verdadeiro acinte à sociedade.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) criticou a forma como o pedido de inclusão em pauta foi aprovado pelo Senado na terça-feira (6), sem discussão e com rapidez, afirmando que foi na “surdina”. De fato, a senadora petista tem razão, pois que às vésperas do recesso de final de ano do Congresso Nacional, portanto, quase ao apagar das luzes, e com alguns senadores já aposentados pelos eleitores, entre eles alguns implicados na Lava Jato, caso de José Agripino Maia que já virou réu (clique aqui [1] para se inteirar do assunto), uma matéria delicada deste tipo seja aprovada sem nenhuma análise por parte dos membros da Casa.

Em contrapartida, o mesmo Senado que aprovou reajuste para os ministros do Supremo e para o procurador-geral da República, aprovou um corte de 50% dos recursos do Fundo Social do Pré-Sal, criado para ampliar os investimentos nas áreas de saúde e educação por meio de comercialização do petróleo da camada do pré-sal, recursos esses que iriam integralmente para o fundo. Mais um acinte à sociedade que assiste calada o descalabro dos nossos congressistas.

Foto reproduzida da Internet

Share Button [2]