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Silas Malafaia investigado: PF vê suas digitais em ataques ao STF

Está no Brasil 247

A investigação da Polícia Federal sobre o pastor Silas Malafaia avançou e já possui elementos considerados robustos, de acordo com informações divulgadas pelo jornal Metrópoles [1]. Na segunda-feira (20/11), completaram-se dois meses da operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que apreendeu o celular, documentos e o passaporte do líder religioso. O material foi periciado e embasa relatórios recentes da PF.

Malafaia é investigado por suspeita de integrar um núcleo que teria articulado ataques sistemáticos ao STF, além de participar de tratativas para que os Estados Unidos adotassem “atos hostis” contra o Brasil. Por decisão de Moraes, ele está proibido de manter contato com Jair Bolsonaro e com o deputado Eduardo Bolsonaro, também alvos do inquérito.

Relatórios indicam atuação coordenada

Em relatório encaminhado ao Supremo, a PF afirmou que “identificou-se que Malafaia atuou em ações de criação, produção e divulgação de ataques a ministros do STF, de forma previamente ajustada, por multicanais, em alto volume e direcionada a parcela do público sob sua influência”.

O ministro Alexandre de Moraes destacou que mensagens apreendidas indicam que o pastor “exerce papel de liderança nas ações planejadas pelo grupo investigado, que tem por finalidade coagir os ministros do Supremo e outras autoridades brasileiras, com claros atos executórios no sentido de coação no curso do processo e tentativa de obstrução à Justiça”.

Defesa alega perseguição religiosa

Silas Malafaia nega qualquer envolvimento em atos antidemocráticos e afirma ser alvo de “perseguição religiosa” conduzida por Moraes. Pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e figura de grande influência no meio evangélico, ele foi um dos principais aliados de Jair Bolsonaro durante o governo e nas eleições.

político e desdobramentos

As suspeitas contra Malafaia se inserem no conjunto de investigações sobre a articulação de ataques contra instituições brasileiras após as eleições de 2022. A PF apura ações de deslegitimação do sistema eleitoral, estímulo a manifestações antidemocráticas e tentativas de pressionar o STF por meio de campanhas digitais e mobilizações públicas.

O avanço das investigações deve definir se o Ministério Público Federal apresentará denúncia formal contra o pastor.

Foto reproduzida da Internet

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