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Submissão ou a serviço dos yankes mesmo?

O governo Bolsonaro é submisso ou está mesmo a serviço dos yankes? A pergunta é pertinente porquanto os integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato – ou seria Vaza Jato? – se mobilizaram para expor informações sigilosas sobre corrupção na Venezuela após receber uma sugestão do então juiz federal Sergio Moro em agosto de 2017, segundo mensagens privadas trocadas pelos procuradores na época e reveladas pela Folha numa parceria com o site The Intercept Brasil. Essa mesma força-tarefa que trabalhou para eleger ele presidente. Ah, não custa lembrar que Bolsonaro bate continência para a bandeira americana e que visitou a CIA em companhia de Moro na última visita aos EUA sem, sequer, tá na agenda presidencial.

Os diálogos indicam que o objetivo principal da iniciativa era dar uma resposta política ao endurecimento do regime imposto por Nicolás Maduro ao país vizinho, mesmo que a ação não tivesse efeitos jurídicos. As mensagens mostram que a Procuradoria-Geral da República e a força-tarefa de Curitiba dedicaram meses de trabalho ao projeto, chegaram a trocar informações com procuradores venezuelanos e vasculharam contas usadas pela Odebrecht para pagar supostos subornos a autoridades do regime na Suíça.

Os procuradores começaram a debater o assunto na tarde do dia 5 de agosto de 2017, depois que Moro escreveu ao chefe da força-tarefa de Curitiba, Deltan Dallagnol, no aplicativo Telegram. Lembro que hoje Sergio Moro é ministro da Justiça do governo Bolsonaro, a quem lhe agraciou com o cargo.

“Talvez seja o caso de tornar pública a delação da Odebrecht sobre propinas na Venezuela”, disse o então juiz federal. “Isso está aqui ou na PGR?”

A pergunta que não quer calar: e o respeito a soberania da Venezuela, onde ficou? Pelo visto foi pro espaço. Aliás este governo já conta com um astronauta, bom que se diga, que já foi ao espaço levado pela NASA, sem trocadilhos. Rsrsrs

Em 2016, quando decidiu colaborar com a Lava Jato, a Odebrecht reconheceu ter pago propina para fazer negócios em 11 países além do Brasil, incluindo a Venezuela, mas as informações fornecidas pela empresa e por seus executivos foram mantidas sob sigilo por determinação do Supremo Tribunal Federal.

Só pra ilustrar o meu questionamento, o jornalista Leandro Fortes, do Jornalistas pela Democracia, escreveu: “a inclusão da Venezuela nos interesses de Sérgio Moro e Deltan Dallangnol, como demonstram os vazamentos mais recentes do The Intercept Brasil, reforça, de maneira definitiva, a relação da Lava Jato com o Departamento de Estado dos Estados Unidos”.

E completa: “a hipótese de que Moro seja um agente da CIA é, na verdade, um elogio disfarçado ao ex-juiz, porque essa seria uma posição formal inaceitável para o contribuinte americano. Ainda mais com o codinome “Russo”.

A conferir!

Ilustração reproduzida do Blog do Altamiro Borges

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