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Tal qual Jânio, Bolsonaro só falta agora proibir o uso do biquini, porque “as forças ocultas” já foram citadas

Qualquer semelhança é pura coincidência. Mas Jair Bolsonaro tal qual Jânio Quadros que renunciou à Presidência da República com apenas 7 meses no cargo, se assemelham no discurso “moralizador”. O perfil conservador e autoritário do então presidente, que surpreendeu o país ao renunciar no dia 25 de agosto de 1961 é tão igual quanto ao de Bolsonaro. A atrapalhada manobra política de Jânio, que imaginava com a renúncia voltar ao cargo a pedido do povo, ajudou a pavimentar o caminho que, três anos depois, culminaria na implantação da ditadura militar no país, que se estendeu até 1985.

Como bem disse o ex-ministro de Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes,  ” o texto apocalíptico encampado por Bolsonaro guarda inquietante analogia com a carta da renúncia, verdadeiro manifesto em prol de autogolpe, em que Jânio pretextava ação de ‘forças terríveis’ para justificar o fracasso de seus projetos”, escreveu Nunes no Twitter.

Só falta agora Bolsonaro proibir o uso de biquini no Brasil, tal qual Jânio.

Pra dizer que o povo está ao seu lado, os adeptos do bolsonarismo estão convocando pelas redes sociais manifestações em todo o Brasil.
A mensagem apocalíptica de Bolsonaro foi interpretada como uma tentativa de incendiar a convocatória que circula nas redes bolsonaristas para ato em defesa dele, contra o Congresso e o Supremo, dia 26. Em áudio que chegou ao Planalto, um caminhoneiro fala em mostrar força à Câmara, ao Senado e “àqueles 11 togados de merda”.

Lembrai-vos caros leitores da convocatória feita pelo então presidente Fernando Collor, quando já em processo de desgaste perante a opinião pública, conclamou as pessoas a colocar nas janelas a bandeira do Brasil e fitas verdes e amarelas em seus carros. O resultado todos conhecemos.

Segundo a Folha, pessoas próximas à família atribuem os últimos gestos do presidente ao combo de derrotas no Congresso e a ofensiva do Ministério Público sobre Flávio Bolsonaro. A devassa nas contas do filho, com implicações para outros integrantes do clã, o abalou.

” Ou a democracia barra Bolsonaro ou Bolsonaro barra a democracia”, disse o jornalista Alex Solnik, colunista do site Brasil 247 e membro do Jornalistas pela Democracia.

Até Lobão não acredita mais neste governo!



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