- blogdobarbosa - https://blogdobarbosa.jor.br -

Trama golpista: por unanimidade, 1ª Turma do STF condena grupo responsável por plano para matar autoridades; veja penas

Está no g1

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF [1]) decidiu, por unanimidade, condenar mais nove réus por envolvimento na tentativa de golpe promovida pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022.

O núcleo 3 da trama golpista é formado por dez réus: nove militares e um agente da Polícia Federal [2] (PF).

A Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta que o grupo planejou as “ações mais severas e violentas” da organização criminosa, como o plano para assassinar autoridades.

Além disso, o núcleo planejou pressionar o comando do Exército a aderir ao golpe para manter Jair Bolsonaro no poder mesmo após a derrota nas urnas.

O relator, Alexandre de Moraes, votou para condenar 7 dos 10 réus pelos cinco crimes [3] apontados pela PGR: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Por estes crimes foram condenados:

Outros dois réus, o coronel do Exército Márcio Nunes de Resende Jr. e o tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Jr., foram condenados por incitação ao crime e associação criminosa. As penas fixadas foram as seguintes:

Já sobre o general da reserva Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, o relator votou pela absolvição pela falta de provas [4]. É a primeira vez que Moraes vota pela absolvição de um réu na trama golpista.

O voto de Moraes foi acompanhado pelos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino.

Denúncia

Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet [5], os réus pressionaram autoridades das Forças Armadas a favor do golpe e planejaram o monitoramento, a prisão e o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva [6] (PT), do vice-presidente, Geraldo Alckmin [7], e do ministro Alexandre de Moraes [8].

A PGR, diz que o plano punhal Verde Amarelo foi impresso no Palácio do Planalto e Bolsonaro deu aval.

“As investigações escancaram a disposição homicida e brutal da organização criminosa, que para isso se articulou e se lançou a providências executórias devidamente armadas. Os denunciados aderiram aos propósitos ilícitos da organização criminosa e contribuíram para os eventos penalmente relevantes em apreço”, afirmou o procurador-geral da República, Paulo Gonet.

“Em uma organização criminosa, os seus integrantes respondem pelos ilícitos por ela cometidos, uma vez comprovada a prática, por cada um, de ações concretas e dolosamente dirigidas aos fins buscados pelo grupo”, prosseguiu.

Foto reproduzida da Internet

Compartilhe:
[9] [10]