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O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, voltou a criticar a família Bolsonaro após uma operação da Polícia Federal ser desencadeada nesta terça-feira (26) contra o Executivo estadual. O objetivo é apurar gastos de R$ 1 bilhão na construção de hospitais de campanha durante a pandemia no Rio. A Polícia Federal apreendeu [1] celulares de Witzel.
“Na família de Bolsonaro, a PF engaveta inquéritos, vaza informações. Senador Flávio Bolsonaro, com todas as provas que temos contra ele, lavagem de dinheiro, já deveria estar preso”,afirmou Witzel, de acordo com relatos da CNN [2]. “PF deveria fazer seu trabalho com a mesma celeridade com que passou a fazer aqui no RJ pq o presidente acredita que eu estou perseguindo a família dele, e ele só tem a alternativa de me perseguir”, disse.
De acordo com o governador, as acusações são “levianas”. “Está se iniciando um ato de perseguição política no País. O que aconteceu comigo vai acontecer com outros governadores considerados inimigos”, acrescentou.
O governador também classificou a operação como um “ato de violência” contra o Estado Democrático. “A narrativa construída é absolutamente fantasiosa. Todas as irregulariades estão sendo investigdas por determinação minha”, continuou.
As críticas a Jair Bolsonaro por conta da operação vieram porque ele é investigado [3]por tentativas de interferência da PF, conforme denunciou [4], no dia 24 de abril, pelo então ministro Sérgio Moro (Justiça), e também pelo fato de que Witzel é potencial adversário na eleição presidencial de 2022. Outro detalhe é que deputados bolsonaristas já comemoravam [5] a operação antes de a mesma se desencadeada.
O governador do Rio também demosntrou indignação pelo Twitter. “Indigna-me o fato de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes sociais nos últimos dias uma operação da Polícia Federal direcionada a mim, o que demonstra limpidamente que houve vazamento. A interferência anunciada pelo presidente da república está oficializada”, escreveu.