Política

O Baú de um Repórter

selo-blogdobarbosa-pEncerrando a série de minhas memórias como jornalista nestes quase 30 anos de profissão dentro das comemorações dos 7 anos do blog – 13 de agosto – vou me reportar hoje a um fato que ocorreu no Diário de Natal. Nessa época ainda não pertencia aos quadros da redação do jornal, mas meu pai – Francisco das Chagas Barbosa, já falecido – era diretor de Publicidade do matutino. Isso ocorreu há longos anos. Quem quiser saber mas sobre os bastidores da notícia é só ir no baú de um Repórter na coluna à direita. Vamos ao fato:

Como Albimar Furtado foi escolhido para dirigir o Diário de Natal

Luiz Maria Alves que dirigiu o Diário de Natal por longos anos havia sido demitido do cargo de superintendente do jornal. Meu pai, Francisco das Chagas Barbosa, ocupando então o cargo de diretor de Publicidade do matutino tinha sido sondado pelos diretores à época dos Diários Associados Paulo Cabral e Edilson Varela para ocupar o cargo. Não aceitou preferindo ficar aonde estava. Cabral e Varela confiaram a meu pai escolher um nome para assumir a superintendenência do DN.

Nessa época eu estava iniciando no jornalismo, acho até que trabalhava na redação da antiga Rádio Poti, salvo engano. Lembro como se fosse hoje. Num sábado fui jantar na casa dos meus pais. Encerrado o jantar eu e meu pai nos sentamos no terraço para conversar e trocar idéias como sempre fazíamos. Foi quando ele se virou pra mim e pediu uma sugestão de nome para ocupar a superintendência do Diário. Lembrei então de Albimar Furtado que já havia trabalhado no jornal e que naquele momento ocupava o cargo de secretário de comunicação do governo Geraldo Melo. Meu pai ponderou dizendo ser difícil ele deixar o governo, mas acatou a sugestão.

Na segunda-feira mesmo meu pai tratou de procurar Luiz Fernando Melo, primo do governador Geraldo Melo e secretário estadual de Agricultura. Ele – meu pai – tinha uma amizade muito grande com Luiz Fernando, pois era casado com a filha de um grande amigo seu – Chico Lamas – já falecido – Inêz lamas, também já falecida. Acertou com Luiz Fernando um almoço. Nesse encontro meu pai sondou com Luiz Fernando a possibilidade de marcar um novo almoço desta vez com a participação de Albimar Furtado para fazer o convite de dirigir o Diário de Natal.

Agendado o almoço, meu pai, Luiz Fernando e Albimar Furtado sentaram-se à mesa para conversar. Feito o convite, Albimar aceitou, mas faltava ainda comunicar ao governador. Comunicado então a Geraldo Melo, Albimar deixou o governo para assumir a superintendência do Diário de Natal.

Passado alguns anos meu pai deixou o Diário de Natal, mas ninguém até hoje falou sobre isso. Talvez o jornalista e colunista Paulo Macedo, que até hoje trabalha no Diário possa um dia tocar no assunto. Ele, mais Luiz Fernando Melo, Jurema – secretária de meu pai na época – e o próprio Albimar Furtado sabem dessa história que estou contando. Para alguns Albimar Furtado assumiu a superintendência do DN por indicação de Geraldo Melo, o que não é verdade. Albimar foi ser diretor do DN graças a meu pai, que o convidou. Infelizmente a versão que alguns dão a esse fato é outra.

 

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