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Um lixo pra chamar de seu
O prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) inicia sua gestão com um ato polêmico: Contratou sem licitação uma empresa do Rio de Janeiro, a Vital Engenharia Ambiental, do Grupo Queiroz Galvão, para fazer a coleta do lixo na zona leste da cidade. É verdade que em situação emergencial, tendo em vista que a Líder, empresa que fazia o serviço, alegou falta de pagamento da gestão passada e parou de coletar o lixo. O prazo emergencial é de 180 dias.
O que intriga é que se a prefeitura está com um rombo calculado em R$ 200 milhões, podendo até ultrapassar este valor, como o município tem condições de fazer um contrato emergencial que chega ao montante de R$ 851 mil, mesmo valor pago a Líder? Como o município, uma massa falida, contrata uma empresa em condições emergenciais por R$ 851 mil se só a dívida da prefeitura com a Líder chega a R$ 12 milhões? Como o município pode contratar uma empresa por 180 dias pagando R$ 851 mil se a Urbana (empresa municipal responsável pela coleta do lixo) deve as terceirizadas R$ 60 milhões?
Certamente o prefeito a partir de agora terá um lixo pra chamar de seu. Um lixo que está saindo caro aos cofres públicos já tão surrupiado pela administração passada. Diga-se de passagem, dinheiro esse que sai do bolso do contribuinte.
Não que seja contra as medidas para tornar Natal limpa de novo. Mas se a prefeitura está quebrada, como se justifica um contrato com uma nova empresa para fazer um mesmo serviço que uma anterior vinha fazendo pelo mesmo valor? Por que não negociar com esta empresa, ou seja, a que deixou de fazer a coleta por falta de pagamento? De onde apareceu repentinamente dinheiro para pagar uma nova empresa contratada sem licitação. Então, se apareceu recursos nada mais natural do que pagar a empresa que a prefeitura deve e a coleta de lixo ter continuidade.
Carlos Eduardo Alves em coletiva à imprensa disse que os serviços com a Líder foram cancelados porque a empresa mostrou dificuldades em promover a retirada do lixo daquela zona administrativa da cidade, além de não apresentar certidão negativa junto a prefeitura do Natal. Não seria o caso de uma negociação com a empresa? Certamente a dívida da prefeitura com a Líder não será esquecida pela empresa.
Enfim, Carlos Eduardo Alves no seu discurso de posse disse que nos últimos 60 dias analisou a situação da prefeitura de Natal chegando a conclusão de que “é catastrófica”. Pois pois!
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