Editorial

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O medo de ser governador de uma massa falida

Tirando  o vice-governador, Robinson Faria (PSD), rompido com o governo Rosalba e eterno candidato a governador, e que mantém um certo entusiasmo em ser candidato ao cargo nas eleições de 2014 no Rio Grande do Norte, nem o ministro Garibaldi Alves (PMDB), nem a vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria (PSB, ambos já tendo governado o estado oito anos, cada um, e que vêm figurando nos primeiros lugares em pesquisas de intenção de voto, e acho até que nem mesmo o deputado Fernando Mineiro (PT), que chegou a dizer no twitter – após resultado de enquete em que seu nome foi o primeiro colocado para tirar o estado de insolvência financeira que se encontra -, que está à disposição para contribuir com a busca de saídas para a crise criada pela gestão do DEM e aliados, têm coragem de assumir uma candidatura agora a governador.

E o motivo é simples: todos sabem que numa eventual eleição para governador do Rio Grande do Norte no outro dia fornecedores e prestadores de serviços vão bater a porta da Governadoria pedindo ao novo governador que quitem a dívida junto a eles que hoje chega a mais de R$ 100 milhões, faltando ainda pouco mais de um ano para Rosalba deixar o governo. Se o presidente da Associação Comercial do RN, Itamar Maciel, afirmou que normalmente o estado costuma comprar R$ 800 milhões em serviços/ano, conforme entrevista sua na Band Natal, imagine, caro leitor, se essa dívida de mais de R$ 100 milhões não for paga até o final da atual gestão e o governo contraindo ainda mais dívidas, quanto não vai se ter de rombo em janeiro de 2015 quando o futuro governador tomar posse?

Para Garibaldi mais cômodo é continuar como ministro ou como senador, pois que tem ainda mais quatro anos de mandato pela frente. Para Wilma de Faria, bom seria que seus correligionários entendessem que o melhor pra ela seria uma candidatura a deputada federal, com uma eleição praticamente certa e com menos gasto. Para Fernando Mineiro, este, até acredito toparia o desafio de sair candidato a governador e até com chances reais de se eleger, mas tem pela frente a candidatura da deputada federal Fátima Bezerra (PT) ao Senado, prioridade essa da Executiva Nacional do partido.

Portanto, volto a repetir o que venho dizendo há tempos: hoje não descarto um amplo acordo para salvar o Rio Grande do Norte. E, me parece, que isso vem sendo trabalhado. Uma disputa eleitoral entre as principais lideranças do estado, falo de Garibaldi e Wilma, talvez não fosse tão bom neste momento de dificuldades que o estado passa. Do ponto de vista político-eleitoral até seria interessante, pois que iria se saber que detém no RN o maior capital eleitoral. Mas, por outro lado, a hora não é de dividir e sim de somar esforços para tirar o estado da bancarrota.

Disse em Editorial recente que tanto Garibaldi quanto Wilma criticam a gestão Rosalba e que, portanto, se criticam deveriam sair candidato a governador para poder colocar em prática as soluções para o problema, mas vejo que os dois não querem se enfrentar. Sendo assim, que um apoie o outro e num futuro governo que um dê sustentação política ao outro. O que não pode é prevalecer as vaidades em detrimento do próprio Rio Grande do Norte que todos dizem defender. A conferir!

 

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One Response to Editorial

  1. […] estadual do PSB, Wilma de Faria. Já tive oportunidade de falar sobre isso antes – clique aqui para conferir -, mas volto a repetir. Nenhum dos dois, embora figurem nas pesquisas de intenção […]

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