Editorial

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Impressiona o percentual de eleitores que pretende anular o voto

Nada mais nada menos do que 18,88% dos entrevistados na segunda rodada de pesquisa para governador do Rio Grande do Norte, realizada pela Consult, divulgada na noite de ontem, pretendem anular o seu voto. Isso, de certa forma, reflete o descrédito do eleitor na classe política de um modo geral. Também na mesma avaliação, 19,o6% das pessoas ouvidas não sabem ainda em quem votar para governador. Neste caso, trata-se de uma demonstração de que as pessoas ainda estão alheias ao processo sucessório no estado.

O primeiro caso é mais preocupante. Anular o voto certamente não é a forma mais democrática de se contestar. Isso acaba beneficiando os maus políticos. É como dizer: tanto faz votar em candidato tal ou candidato assim que a coisa não vai mudar. Daí a forma de protesto nas urnas ser a mais radical possível, ou seja, anular o voto. É até compreensível esse nível de revolta.

Basta lembrar que há pouco mais de um ano as pessoas foram as ruas do país para, não só protestar contra os descaso dos nossos políticos, mas sobretudo para cobrar projetos de benefício à sociedade. Num primeiro momento o Congresso Nacional ainda ensaiou a aprovação de um projeto aqui outro acolá. Depois de passada a “tempestade”, os congressistas esqueceram de que foram eleitos para legislar. Não precisa ir muito longe. Agora mesmo, por ser época de eleições, os nossos parlamentares agendaram apenas quatro sessões  na Câmara e no Senado – se é que vao realizar mesmo – até 5 de outubro, dia do pleito nacional. Isso sem falar que durante a Copa do Mundo gazearam sessões. É o que eles chamam de “recesso branco”.

Daí não ser nenhuma surpresa o eleitor querer anular o seu voto que, repito, não é a maneira mais sensata de se protestar. Acho que o voto é a arma do cidadão. Na hora de por o seu voto na urna ele deve ser consciente e votar naquele ou naqueles candidatos que podem, realmente, fazer alguma coisa em benefício da sua cidade, estado ou país. Anulando o voto ele, o eleitor, não terá oportunidade de reverter essa situação.

Vamos observar as próximas pesquisas de intenção de voto. A permanecer essa intenção de anular o voto vale uma reflexão sobre o comportamento do eleitor.

A conferir!

 

 

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