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Encerrada as convenções para homologações das candidaturas e a oficialização das coligações o quadro agora fica bem nítido no que diz respeito ao que representa os principais candidatos (as) aos cargos majoritários. Ou seja: quem representa quem no jogo político-partidário.
Numa leitura simplista, pode-se dizer que a “coligação Frente Popular (PT/PCdoB/PHS), que tem um perfil de esquerda, tendo como cabeça de chapa Fátima Bezerra (PT) e como seu vice, o dirigente comunista Antenor Roberto (PCdoB) e como candidatos ao Senado o médico Alexandre Motta (PT) e também a médica Zenaide Maia (PHS), representa os anseios da classe trabalhadora, além de ter uma identificação ideológica.
Já a coligação “O RN tem jeito”, encabeçada pelo ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), e que tem como vice o jovem Kadu Ciarlini (PP), filho da prefeita de Mossoró , Rosalba Ciarlini (PP), e como candidatos ao Senado, Garibaldi Alves Filho (MDB), que tentará a reeleição, e o pastor Antônio Jácome (Podemos), representa sem sombra de dúvidas as oligarquias que comandam a política do Rio Grande do Norte há décadas. Senão vejamos: numa coligação que tem o MDB comandado pela família Alves e o DEM, do senador José Agripino Maia, que agora vai sair pra federal, não se pode dizer outra coisa. As oligarquias se juntam mais uma vez para tentar chegar ao Poder e lotear os cargos no governo. Essa coligação não tem um projeto de governo, tem um projeto de poder.
No que diz respeito a coligação “Trabalho e Superação” e que tem como candidato a governador o atual governador do estado, Robinson Faria (PSD), que tentará ser reeleito, o que predomina é a “força” empresarial, onde o próprio Robinson é do ramo salineiro, e o seu vice, empresário Tião Couto é do ramo petrolífero sendo sócio da EBS (Empresa Brasileira de Serviços de Perfuração), detendo um capital social estimado em R$ 32 milhões, segundo dados do TRE da última eleição quando Couto concorreu a prefeito de Mossoró. A chapa encabeçada por Robinson Faria conta ainda com o único candidato ao Senado, Geraldo Melo (PSDB), que já foi usineiro, ex-dono da usina São Francisco, no Vale do Ceará-Mirim. Não custa lembrar que Geraldo Melo já foi gvernador do RN e deixou o cargo com um atraso de cinco meses nos salários do funcionalismo público.
Somado a isso, há de se dizer que Robinson Faria, que entrou na política pela porta do antigo PMDB, hoje MDB, conta com o apoio do deputado federal, candidato a reeleição, Rogério Marinho, tido como algoz da classe trabalhadora, pois que foi relator da famigerada Reforma Trabalhista. Como se observa a formação da coligação “Trabalho e Superação” tem uma tendência neoliberal, tendência essa que defende o enxugamento da máquina, como já falou o próprio Geraldo Alckmin, candidato tucano à Presidência da República, inclusive, com a extinção do Ministério do Trabalho. Alckmin conta com o apoio do PSD de Robinson à sucessão presidencial.
A conferir!
Foto reproduzida da Internet
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