Editorial

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O circo está armado

Parece que as pessoas que formam os poderes constituídos no Brasil não estão entendendo os recados das ruas. Ou fingem não entender.

A disputa por protagonismo entre policiais federais e procuradores da República na Operação Lava Jato é uma prova disso. Essa disputa paralisou parte das investigações relativa às suspeitas de envolvimento de políticos no esquema de corrupção na Petrobras.

O desarranjo levou o Supremo Tribunal Federal a determinar, a pedido do Ministério Público Federal, a suspensão de diligências a serem cumpridas em inquéritos que abrangem, entre outros, os presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), e do Senado, Renan Calheiros (AL), ambos do PMDB.

Os desentendimentos entre policiais e procuradores surgiram desde a abertura dos inquéritos a partir de autorização do Supremo, em março. A rixa se intensificou na última semana. Isso porque procuradores telefonaram para parlamentares informando que os investigados não precisariam, necessariamente, depor na sede da Polícia Federal em Brasília.

O circo está armado e o povo que se lixe. Parece brincadeira, mas essa “briga” só contribui para o bem dos malfeitores, ou alguém duvida disso? Estranho, muito estranho essa disputa entre a Polícia Federal e os procuradores da República que investigam a Lava Jato.

Voltemos as ruas e desta vez para protestar também contra o Supremo que pediu a pedido do MPF, a suspensão de diligências a serem cumpridas em inquéritos que abrangem, entre outros, os presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros.

A conferir!

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2 Responses to Editorial

  1. Ricardo Jorge Nogueira disse:

    Em relação a esse episódio da ‘Lava Jato’, o STF está usando de dois pesos e duas medidas. Presidentes da Câmara e Senado, tem fôro privilegiado, e só. O Supremo não pode se furtar de liberar para possíveis investigações políticos poderosos. A Lava Jato está quebrando paradigmas, investigando corruptos e corruptores, políticos, ex-políticos, doleiros, empresários e tesoureiro de partido político. Então ‘blindar’ o Sr. Renan e o Sr. Cunha, não justifica. Para o cidadão comum só resta a pergunta. Que justiça é essa?

  2. Carlos A. Barbosa disse:

    Muito bom dia, Ricardo. Concordo com o que você afirma.

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