Entrevista

Humor – Eleitor Zé Padeceu diz: “moro num estado onde se carece de grandes gestores”

O jornalista Gyro Gearloose entrevistou um eleitor para saber dele suas impressões sobre a campanha presidencial em Barril e pra governador no Rio Grande Sem Sorte. O nome do eleitor é José Simplório Padeceu, mais conhecido como Zé Padeceu. Por curiosidade, Gearloose perguntou por que o nome de Zé Padeceu, e ele foi logo dizendo: “você como jornalista deve saber que os sinônimos de “padecer” levam ao significado de sofrer, ter, amargar, penar, gramar, morrer, pagar, expiar (…). Os meus pais colocaram esse nome exatamente por isso, meu amigo, porque moro num estado onde se carece de grandes gestores”. Apesar de humilde,  Zé Padeceu é letrado e politizado. Vamos a entrevista:

1-Gyro Gearloose – O que o Sr Zé Padeceu está achando da campanha para o governo do Rio Grande Sem Sorte?

Zé Padeceu – Olha, tirando aquela mulher, acho que não sobra ninguém. São muitos candidatos, né isso, tem pra todos os gostos. Mas apenas poucos têm realmente condições de se eleger, acho eu. Desses, a mulher, que acho que é a única disputando o pleito, me parece ser a mais preparada. Senão vejamos: os outros dois principais candidatos, um é candidato a reeleição. Prometeu na campanha passada muitas coisas. E o que fez? Nada, absolutamente nada. Tá pagando um preço alto por isso.  O outro, um ex-gestor público, fez uma gestão feijão com arroz, se preocupando apenas com um discurso de retrovisor.

2-Gyro Gearloose – Mas Zé Padeceu, andam dizendo por aí que a mulher não fez nada pelo Rio Grande Sem Sorte e que defende um presidiário.

Zé Padeceu – Como não fez nada pelo Rio Grande Sem Sorte? Ela trouxe pra cá mais escolas federais que todos os outros candidatos juntos, apresentou emendas que beneficiaram o Rio Grande Sem Sorte, além do que ela luta pela causa operária, o que os outros candidatos não fazem. Sobre defender um presidiário, lembro que Molusco é um preso político e mesmo assim, tá em primeiro lugar em todas as pesquisas para presidente. Se o povo quer ele de novo como presidente, é sinal de que acredita na inocência dele.

3-Gyro Gearloose – Você falou que foram trazidos para o Rio Grande Sem Sorte, muitas escolas federais. Mas tem um candidato que contesta isso, dizendo que foi iniciativa do governo da União.

Zé Padeceu – Mas ora, pois. E quem tava no governo na época? Não era o Molusco, o mesmo que dizem que a mulher apoia e que é um presidiário? Sendo assim, mérito pra ela que conseguiu junto ao governo do Molusco viabilizar essas escolas que beneficiaram jovens estudantes no Rio Grande Sem Sorte.

4-Gyro Gearloose – E o que você diz da coligação que apoia o candidato que foi gestor e que fez apenas o feijão com arroz, como você mesmo afirma, e agora quer  governar o Rio Grande Sem Sorte?

Zé Padeceu – Meu caro jornalista, eu justifiquei o meu nome pra você logo no início dessa entrevista. Portanto, posso ter cara de bobo, até um nome como “Padeceu”, mas não quero mais penar não, viu? Meu pai dizia sempre que o nosso estado sempre esteve na rédea do coronelismo. Hoje eu digo que continua. Só mudou o nome, ao invés de coronelismo, agora vocês da imprensa chamam de oligarquias. Né isso, oligarquias?

5-Gyro Gearloose – Com relação a eleição para presidente, o que você tá achando?

Zé Padeceu – Digo à você que voto no Molusco, e se ele não puder sair candidato voto em quem ele indicar, até num jegue. Se ele já elegeu dois postes, vai eleger de novo. Molusco livre!

6-Gyro Gearloose – Você acha mesmo que se Molusco for impedido de ser candidato, consegue eleger quem ele indicar?

Zé Padeceu – Não só acho como tenho certeza.

7-Gyro Gearloose – E por que tanta certeza assim?

Zé Padeceu – Sem querer fazer nenhum trocadilho com o meu nome, mas o povo de Barril tá sofrendo, e não quer mais padecer com esses políticos que só fazem prometer. Molusco livre!

8-Gyro Gearloose – Que Barril você quer para o futuro?

Zé Padeceu – Eu já vi uma pergunta parecida como essa, não lembro aonde. Rsrsrs. Mas te respondo dizendo que espero para Barril um país mais justo, com os pobres tendo oportunidade, sem desigualdade social e sem corrupção.

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