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Certas pautas no jornalismo apesar de interessantes dão vontade de rir. Não com o tema da pauta em si, mas com o personagem no caso de uma pessoa ser a entrevistada. Foi o que ocorreu comigo quando repórter do jornal Diário de Natal. Vamos ao fato:
O dia em que Padre Penha se vestiu de escoteiro para uma entrevista
Repórter da editoria de Cidades do Diário de Natal fui escalado para fazer uma matéria com o Padre Penha, que era capelão da UFRN [Universidade Federal do Rio Grande do Norte] e do movimento do escotismo no estado. No dia seguinte a entrevista comemorava-se o Dia Mundial do Escotismo. A reportagem versava exatamente sobre o tema. Como Padre Penha fazia parte do escotismo foi agendada uma entrevista com ele.
Dia e hora marcados fomos à sua residência – ele morava próximo a Igreja de São Pedro, no Alecrim -, eu e o fotógrafo Carlos Santos, salvo engano. Chegamos à sua casa por volta das 14h30. Padre Penha nos recebeu e nos pediu licença para ir trocar de roupa. Demorado alguns minutos subitamente aparece Padre Penha vestido de escoteiro. De bermuda, meião, camisa e lenço no pescoço, além do boné. Uniforme completo. Foi logo pedindo a Carlos Santos para fotografá-lo. Nem precisava: Carlinhos já estava com a máquina na mão pronto para bater as fotos.
Deu vontade de rir. Na hora, confesso, olhei para Carlinhos, mas tanto eu como ele nos contemos. Deixamos para rir e fazer os comentários quando entramos no carro da reportagem. Aquilo, de certa forma, foi uma coisa inusitada. Não esperávamos que o Padre Penha fosse se vestir a caráter para conceder a entrevista. Mas, claro, Padre Penha vestido de escoteiro enriqueceu ainda mais a matéria que foi ilustrada com a foto dele em traje à caráter. A reportagem acabou rendendo uma página e mereceu destaque na edição do dia seguinte do jornal.
Obs do Blog: O web-leitor que quiser conhecer outras memórias deste escriba é só ir em BUSCA na coluna à direita e digitar uma palavra-cheve tipo Baú
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