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A pergunta no título deste editorial é pertinente porquanto estamos nos aproximando do pleito eleitoral e, pasmem, a candidatura a reeleição do presidente Jair Bolsonaro dá sinais de que está mais viva do que nunca, de acordo com as pesquisas de intenção de voto.
Mas, será que o povo vai sofrer de amnésia até as eleições? Será que a população vai esquecer tão rapidamente o negativismo de Jair Bolsonaro no combate a pandemia da covid-19, que já levou a óbito mais de 650 mil brasileiros e brasileiras até agora? Será que o eleitor (a) não lembra mais que 31 pessoas morreram em Manaus, em apenas 24 horas, pela negligência do governo Bolsonaro em atender o pedido de socorro dos manauaras por falta de oxigênio nos hospitais que entraram em colapso?
Com tudo isso, um dos jornalistas mais experientes do Brasil, Janio de Freitas, escreveu artigo na Folha de S. Paulo contra a blindagem oferecida pelas elites a Jair Bolsonaro. De fato, Freitas tem razão.
De acordo com Janio de Freitas, “nenhum presidente legítimo, desde o fim da ditadura de Getúlio em 1945 – e passando sem respirar sobre a ditadura militar – deu tantos motivos para ser investigado com rigor, exonerado por impeachment e processado, nem contou com tamanha proteção e tolerância a seus indícios criminais, quanto Jair Bolsonaro. Também na história entre o nascer da República e o da era getulista inexiste algo semelhante à atualidade. Não há polícia, não há Judiciário, não há Congresso, não há Ministério Público, não há lei que submeta Bolsonaro ao devido”.
“As demonstrações não cessam. Dão a medida da degradação que as instituições, o sistema operativo do país e a sociedade em geral, sem jamais terem chegado a padrões aceitáveis, sofrem nos últimos anos. E aceitam, apesar de muitos momentos dessa queda serem vergonhosos para tudo e todos no país”, acrescentou.
Só há um caminho para deter Jair Bolsonaro. É torná-lo inelegível, e pra isso motivos não faltam. O ministro Alexandre de Moraes, que vai assumir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em meados do ano e irá presidir o pleito, tem sob sua mesa vários processos que podem levar Jair Bolsonaro a inelegibilidade, desde as fake news na campanha passada e se estendendo no atual governo com a instalação do “gabinete do ódio”, até os arroubos e desafios às instituições, que tinha parado após o 7 de setembro do ano passado, e que voltaram agora com Jair Bolsonaro insultando ministros do Supremo, incluindo aí o próprio Alexandre de Moraes, e mais os colegas Edson Fachin e Luiz Roberto Barroso.
A conferir!
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Foto reproduzida da Internet
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