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Coletânea de Causos

Que causos são esses, Barbosa?

Incentivado por amigos resolvi escrever também causos particulares vivenciados ao longo dos anos. Alguns relatos são hilários, e dignos de levar ao programa Que História é Essa, Porchat. Seguem os causos em forma de coletânea.

Artigo

Bolsonaro sendo Bolsonaro no debate da Band

por Carlos Alberto Barbosa

O perimeiro debate entre os presidenciáveis nesta campanha realizado na noite de domingo (28) na Band, promovido por um pool de órgãos de imprensa, mostrou um Jair Messias Bolsonaro sem retoques, ou seja, Bolsonaro sendo Bolsonaro. Como presidente candidato a reeleição pelo Partido Liberal lhe faltou compustura que o cargo exige. Arredio, agressivo e grosseiro, e muitas vezes mentindo, o quie é de costume, Bolsonaro alncançou o ápice de seu descontrole emocional quando mostrou claramente o seu lado misógino ao agredir a jornalista Vera Magalhães que lhe dirigiu uma pergunta que não gostou.

Eu não poderia esperar outra coisa de você. Eu acho que você dorme pensando em mim, você tem alguma paixão por mim”. 

Você não pode tomar partido num debate como esse, fazer acusações mentirosas a meu respeito. Você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro”, disparou ainda.

A candidata Simone Tebet (MDB) reclamou dos ataques e ouviu de Bolsonaro: “não pedi sua opinião”. Na rodada de perguntas que veio a seguir, a candidata Soraya Thronicke, do União Brasil, disse ao candidato à reeleição que não tem medo dele. 

Nas considerações finais Lula se solidarizou com a jornalista Vera Magalhães e com a senadora Simone Tebet pelas agressões sofridas, o que rendeu pontos ao petista.

O ataque misógino de Bolsonaro contra a jornalista Vera Magalhães durante o debate entre presidenciáveis gerou também uma série de mensagens em solidariedade à jornalista por colegas da imprensa nas redes sociais.

A jornalistas Fátima Bernardes, por exemplo, postou:

@fbbreal·8 hMinha solidariedade à jornalista @veramagalhaes atacada durante o #debatenaband pelo candidato à reeleição Jair Bolsonaro. Não é a primeira vez que mulheres jornalistas são atacadas por esse governo

Se já estava difícil Bolsonaro conquistar o voto feminino, agora mais ainda. Se tivessem provocado mais Bolsonaro como o envolvimento de seus filhos em “rachadinhas”, ele teria se estribuchado.

O candidato do Partido Novo, Felipe D`Ávila mais parecia o candidato do agro de tanto defender o agronegócio toda vida que se tocava no assunto.

A senadora Soraya Thronicke (União Brasil), só falava no Imposto Único, proposta essa velha e caduca desde os tempos em que o empresário Flávio Rocha, dono do Grupo Riachuelo, era deputado federal pelo Rio Grande do Norte. Ciro Gomes (PDT), tentou ser o “divisor de águas” entre Lula e Bolsonaro, mas mais parecia que era candidato a reeleição ao governo do seu estado, o Ceará. Só falava nos “êxitos” de programas desenvolvidos por ele enquanto governador daquele estado.

A senadora Simone Tebet (MDB) se mostrou preparada e soube tirar proveito da descompustura emocional de Jair Bolsonaro. Lula, não foi tão brilhante como na sabatina do Jornal Nacional quando poderia ter deixado Bolsonaro, o seu concorrente mais direto, em saias justas, como por exemplo, na questão da corrupção. Foi brilhante, no entanto, no direito de resposta a Bolsonaro que o chamou de “ex-presidiário” e falou que Bolsonaro sabia porque ele tinha sido preso quando disse: “ele sabe muito bem porque fui preso. Fui preso pra me tirarem da eleição porque sabiam que eu ia vencer”.

As grandes vencedoras do debate foram as mulheres que mostraram o lado misógino de Bolsonaro. E aí vale ressaltar a jornalista Vera Magalhães que fez uma pergunta que deixou Bolsonaro embaraçado, e as senadoras Simone Tebet e Soraya Thronicke que não tiveram medo de enfrentar Bolsonaro sendo Bolsonaro sem retoques e maguiagem.

No mais um debate com seis candidatos não é debate, é palanque. Acho que debate só deveria ter num eventual segundo turno com dois candidatos. Esse formato com muitos candidatos se torna enfadonho e só serve pra troca de farpas quando as perguntas são entre eles. Melhor fazer sabatinas como a Globo faz com cada candidato individualmente.

Foto reproduzida da Internet



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