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Coletânea de Causos

Que causos são esses, Barbosa?

Incentivado por amigos resolvi escrever também causos particulares vivenciados ao longo dos anos. Alguns relatos são hilários, e dignos de levar ao programa Que História é Essa, Porchat. Seguem os causos em forma de coletânea.

Artigo

Bolsonaro continua, de forma acintosa, a desafiar as instituições. Até quando?

por Carlos Alberto Barbosa

O presidente-candidato a reeleição, Jair Messias Bolsonaro (PL), continua desafiando à Justiça Eleitoral de forma acintosa. Esta semana, em sua live na quinta-feira (13), ao lado do treinador de influencer (coach em inglês),
Pablo Marçal, eleito deputado federal (PL-SP), o capitão deixou claro que não respeita à justiça eleitoral.

Dando voz ao treinador de influencer Bolsonaro deixou ele [Pablo Marçal] pedir em sua live, sem nenhum constrangimento, que influenciadores `deixem a reputação de lado e divulguem fake news por ele [Bolsonaro]. O cara faz uma live ao lado de Bolsonaro pedindo pra se divulgar mentiras e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral] não vai fazer nada? Ora, ora, ora. Desmoralização total.

Da mesma forma, de forma acintosa e arrogante, Bolsonaro mandou colocar a bandeira do Brasil na faixada do Palácio do Planalto, bandeira essa que ele [Bolsonaro] usurpou dos brasileiros e tomou como se fosse o símbolo de sua campanha a reeleição à Presidência da República. E ainda disse:
“Hoje pedi para aquele bandeirão que existe lá em Brasília, pegar uma usada, enorme, mandei botar lá no Alvorada, que é a minha casa. Acho que ninguém vai ter a coragem de falar ‘retira daí se não vou te dar uma multa de não sei quanto por dia’, numa alusão de forma velada ao presidente do TSE, Alexandre de Moraes. Na verdade a bandeira foi colocada na faixada do Palácio do Planalto, o que é mais acintoso ainda.

O bandeirão instalado cobre parte das colunas do edifício desenhado pelo arquiteto Oscar Niemeyer . A obra é tombada pelo  patrimônio histórico e não pode sofrer intervenções sem autorização dos órgãos competentes, como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A candidatura à reeleição de Bolsonaro vem desafiando à justiça eleitoral há muito e nada o detém. Já se tem motivos suficientes para a sua impugnação diante de tanta aberração. Ou o TSE toma logo uma decisão para barrar de vez as constantes agressões à justiça eleitoral, antes que o pior venha a acontecer, ou a nossa frágil democracia corre risco.

Bolsonaro não tem limites. Desafia também a Igreja Católica.
No feriado em Aparecida, eleitores bolsonaristas protagonizaram um show de horrores em plena celebração cristã, com sua presença.

Bolsonaro, segundo os religiosos, “profana a fé no Deus da vida fazendo uso dela para meros fins politiqueiros e vilipendia o Evangelho de Jesus de Nazaré que veio para que todos ‘tenham vida e a tenham em abundância’ (Jo 10,10)”, destacaram. Salientaram ainda que “não pela primeira vez”.

No texto intitulado O que é de César a César, e o que é de Deus a Deus (Mt 22,21), a Igreja Católica ainda afirma que o presidente “não tem nada de católico, nem de cristão, nem sequer de humano. É um facínora!”.

Mas Bolsonaro não respeita também o povo do Nordeste. Chamou de “analfabetos” os nordestinos que deram vitória a Lula na região no primeiro turno. Não só isso, a campanha de Bolsonaro chamou de “bandidos” indiretamente todos os 57 milhões de brasileiros que deram vitória ao petista no primeiro turno das eleições quando afirmou que “os criminosos escolheram Lula para presidente” no programa eleitoral e nas inserções de rádio e TV.

Ah, não esqueçamos que Jair Bolsonaro saiu derrotado do primeiro turno da eleição, com cerca de seis milhões de votos a menos que o ex-presidente Lula. Ele venceu, porém, nas urnas colocadas em territórios de milícias no Rio de Janeiro, revela Guilherme Amado, do Metrópoles.

Bolsonaro, que antes desacreditava as urnas eletrônicas, agora põe em dúvida as pesquisas eleitorais. Certamente porque está atrás em todas elas, do contrário não questionaria.

Não nos esqueçamos ainda que após as Forças Armadas não divulgarem o resultado da auditoria feita nas urnas eletrônicas, até porque não encontraram fraude, Jair Bolsonaro convocou seus seguidores a permanecerem nas seções eleitorais após votar. Isso é intimidação do eleitor e pode caracterizar cerceamento do voto.

“No próximo dia 30, vamos votar, e mais do que isso, vamos permanecer na região da seção eleitoral até a apuração do resultado”, afirmou Bolsonaro e mais uma vez disse que desconfia do resultado das urnas.

E as ameaças institucionais continuam diariamente.

Segundo a jornalista Miriam Leitão, “Bolsonaro nunca moderou-se, nunca recuou de seu projeto. Ele quer tumultuar o país se não for reeleito. E se o for, ele seguirá com o seu plano de desmanche das instituições. Como tenho dito aqui, não ver esse risco é o maior dos riscos”.

Alô Tribunal Superior Eleitoral!

Foto reproduzida da Internet

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